Municípios cogitam suspender convênios

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Municípios cogitam suspender convênios

Queda nos repasses motiva renegociação de contratos com federações e CNM

A participação dos governos do Vale em entidades municipalistas, como a Famurs e a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), pode ser suspensa até o fim do ano. Em crise financeira devido ao atraso de repasses federais e estaduais, os municípios tentam reduzir os valores pagos às entidades e não descartam a suspensão dos convênios.

03De acordo com o presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) e prefeito de Dois Lajeados, Valnei Cover, o assunto foi debatido durante a última reunião da entidade, na sexta-feira, 10, em Nova Bréscia. “Estamos avaliando as possibilidades.”

Segundo Cover, as duas entidades vivem momentos financeiros distintos. Enquanto a CNM registrou superávit de R$ 13,2 milhões no ano passado, a Famurs passa por dificuldades que podem complicar as negociações.

“Mesmo assim vamos tentar reduzir ou até mesmo garantir a suspensão dos pagamentos a ambas as instituições”, afirma. Conforme o presidente da Amvat, os municípios pequenos pagam cerca de R$ 1,5 mil por mês para as entidades, mas os valores variam conforme os serviços contratados.

Prefeito de Imigrante e representante regional na CNM, Celso Kaplan, afirma que as duas entidades mantêm grandes estruturas que são onerosas aos municípios afiliados. “Não podemos falar mal da assistência que prestam, mas contestamos os gastos.”

Conforme Kaplan, o cancelamento dos convênios chegou a ser cogitado entre os prefeitos do Vale. “A crise que enfrentamos faz com que esses recursos acabem fazendo falta aos cofres municipais”, reforça.

De acordo com o prefeito de Santa Clara do Sul, Fabiano Immich, a negociação com a CNM ocorrerá durante a marcha dos prefeitos a Brasília. Entre as propostas estão a redução nos valores cobrados ou a suspensão dos pagamentos por tempo determinado. O evento será realizado entre os dias 25 e 28 de maio.

Amvat suspende cobranças

Para amenizar as dificuldades enfrentadas pelos municípios associados, a Amvat suspendeu até o fim de 2015 a cobrança de mensalidades. Conforme Valnei Cover, a medida é possível pelo bom momento financeiro da entidade, que possui mais de R$ 300 mil em caixa.

Sabemos que isto não vai resolver a situação, mas é uma forma de colaborar com a contenção de despesas das administrações”, ressalta. Segundo ele, a decisão pode servir de exemplo para as demais entidades que representativas. A medida vale a partir deste mês.

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