Lajeado – A Univates passará a produzir 5% de toda a energia consumida no câmpus. O projeto é pioneiro entre as instituições de ensino do país. A microusina de energia solar entra em funcionamento em abril e economizará o valor inicial de R$ 12 mil mensais em tarifas pagas para a AES Sul.
Cerca de mil placas estão sendo instaladas sobre os prédios que compõem o Parque Científico e Tecnológico do Vale do Taquari (Tecnovates). O material vindo da Alemanha suprirá toda a demanda do local, com 5,2 mil metros quadrados de área construída e composta por laboratórios, auditório e salas de formação.
Segundo o coordenador do Laboratório de Biorreatores e professor, Odorico Konrad, a capacidade inicial de geração de energia será de 237,12 watts-pico. “A quantia, em média, equivale ao atendimento mensal de cerca de cem famílias compostas por quatro pessoas”, salienta.
Antes de instalar a microusina, a instituição aplicou um teste com dez placas fotovoltaicas. Com isso, a Univates já possuía cadastro na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) como gestora de energia. Em 2013, uma comitiva local visitou a Alemanha para analisar o projeto.
Conforme o gerente do setor de engenharia, o gerente Robledo Müller, diferentemente dos modelos instalados em residências, o sistema não acumula a energia em baterias. Toda a carga produzida é liberada na rede da AES Sul. Em média, são 25 megawatts hora.
“Apesar de produzirmos 5% da demanda total, o percentual de desconto da tarifa não é o mesmo”, relata. Isso ocorre, por que, segundo ele, o valor em dinheiro gasto no período diurno (quando funcionam as placas) é inferior ao período no qual é gasta à noite (quando o pico de consumo aumenta). Desta forma, a Univates pagará apenas a diferença da tarifa.
Difusão da sustentabilidade
Para o pró-reitor administrativo da Univates, professor Oto Moerschbäecher, o investimento busca promover o desenvolvimento e a difusão de energias limpas, atendendo também aos objetivos do Tecnovates. “Além de colaborar com o ambiente, o projeto também proporcionará economia para a instituição.”
Com a instalação dos painéis, o professor Konrad destaca que a Univates está partindo da teoria estudada em sala de aula para a prática do cotidiano.“Nosso foco é: Univates 100% energia renovável.”
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Painéis solares fotovoltaicos são dispositivos utilizados para converter a energia da luz do sol em energia elétrica. Os painéis são compostos por células que contam com o efeito fotovoltaico para absorver a energia do sol e, dessa forma, fazem a corrente elétrica fluir entre duas camadas com cargas opostas.
O efeito fotovoltaico acontece quando a luz solar, por meio de seus fótons, é absorvida pela célula. A energia dos fótons da luz é transferida para os elétrons que, então, ganham a capacidade de movimentar-se. O movimento dos elétrons, por sua vez, gera a corrente elétrica.
