Vale do Taquari – Policiais que trabalhavam na Operação Golfinho retornam para a região nesta semana. Eles recomeçam a atuação neste sábado. O reforço no efetivo contabiliza 34 homens. Conforme o comandante do CRPO, tenente-coronel César Augusto da Silva, o fim da operação no litoral representa a normalização no que se refere ao policiamento no Vale. “As pessoas vão ver mais viaturas nas ruas.”
Segundo o militar, com o retorno dos policiais o efetivo fica mais próximo do ideal. Isso proporcionará, diz o comandante, o reinício do trabalho nos três núcleos de policiamento comunitário. “A partir da semana que vem haverá quatro brigadianos nos bairros que têm o programa.”
Ao todo, desde dezembro, 66 policiais do Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO) foram cedidos para a Operação Golfinho. Em todo o Estado, os militares foram distribuídos em 330 guaritas: 230 no litoral norte, 30 no litoral sul e 70 em balneários pelo interior.
A Operação Golfinho ocorre todos os anos a fim de evitar afogamentos e aumentar a segurança em cidades com incremento na população durante a temporada de férias.
O efetivo total neste veraneio foi de 2,6 mil servidores. Do total, 1,4 mil foram enviados para atividades de polícia e 1,2 mil de bombeiros e salva-vidas.
Estratégias nas cidades pequenas
Apesar de o comando não verificar um aumento substancial nas ocorrências registradas durante o período do verão, a redução no número de policiais trouxe insegurança para moradores das cidades menores, como em Paverama.
Nos últimos 15 dias de fevereiro, uma onda de crimes provocou medo na população. Casas na área rural foram invadidas, pessoas feitas reféns. Em um dos fatos, quatro bandidos armados entraram em uma casa na rua Adolar Kunzler. Os homens renderam os moradores quando eles voltavam da igreja.
Os criminosos ficaram na casa por duas horas. Levaram eletrodomésticos, comida, joias, dinheiro, além de um carro e uma motocicleta da família. Desde dezembro, apenas um policial trabalhava por turno na cidade.
De acordo com o comandante César, operações especiais serão desenvolvidas nas cidades menores. Segundo o militar, o quadro do setor de inteligência e do Pelotão de Operações Especiais (POE) estarão completos, possibilitando incremento nas ações nesses municípios. “Haverá prioridade para essas cidades”, garante.
