Volta de PMs não encerra com insegurança

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Volta de PMs não encerra com insegurança

Policiais militares estavam atuando na Operação Golfinho. Região cedeu 66 servidores

Vale do Taquari – O Comando Regional da Brigada Militar aguarda para hoje o retorno de pelo menos 32 policiais militares que estavam atuando na operação de veraneio da corporação. A maioria deles estava atuando no litoral norte.

01No dia 2 de março está agendada a volta dos demais servidores que foram deslocados da região em dezembro de 2014. Série de assaltos em cidades menores atemoriza as pequenas comunidades e maioria deve seguir com pouca guarnição.

Os servidores que voltaram do litoral devem atuar nas ruas já a partir de amanhã. O comando do CRPO do Vale do Taquari – responsável por 40 municípios – não soube precisar para quais cidades serão enviados. Ao todo, 21 cidades do Vale e mais Mato Leitão e São Valentin cederam 66 servidores da segurança pública para atuarem no policiamento de cidades litorâneas durante o veraneio, e também como salva-vidas.

Para o tenente-coronel, César Augusto da Silva, que hoje responde pelo comando do CRPO regional, esses 32 policiais militares serão importantes para retomar com o policiamento que considerado “próximo do ideal”.

Segundo ele, será possível atuar com mais viaturas nas ruas. “Importante salientar que, mesmo com todo esse efetivo que saiu no verão os índices de ocorrências não tiveram grandes alterações e isso se deve ao esforço e dedicação do nosso pessoal que ficou na região.”

Silva confirma para o dia 2 de março o retorno de 34 policiais que seguem atuando como salva-vidas em algumas cidades do litoral gaúcho e também em outros balneários do Estado. A maioria deles deixou o Vale do Taquari no dia 20 de dezembro, quando o governo estadual anunciou o início da tradicional Operação Golfinho. Em todo o Rio Grande do Sul, os salva-vidas foram distribuídos em 330 guaritas: 230 no litoral norte, 30 no litoral sul e 70 em águas internas.

A Operação Golfinho é realizada todos os anos a fim de evitar afogamentos e aumentar a segurança em vias públicas. As ações são realizadas em 89 balneários do litoral e de cidades com águas internas. O efetivo total neste veraneio foi de 2,6 mil servidores. Os servidores se formaram em 1º de janeiro. Do total, 1,4 mil foram enviados para atividades de polícia e 1,2 mil de bombeiros e salva-vidas.

Medo em Paverama

A região vem sofrendo com diversos casos de assaltos, principalmente em cidades menores, e regiões mais distantes dos centros urbanos. Paverama é uma das mais atingidas pela onda de violência no interior do Vale do Taquari.

Até o posto de saúde já foi invadido. “A população está com medo. Só na semana passada foram quatro casos de assaltos com armas em residências da área rural”, afirma a professora Marli Althaus.

Nesta semana já foi registrado caso semelhante. Na quarta-feira passada, um casal foi feito refém durante assalto registrado numa localidade do interior, na rua Adolar Kunzler. Ao retornarem da igreja, as vítimas foram rendidas por quatro criminosos armados na frente da casa. Um deles estava com o rosto descoberto.

Os bandidos ficaram na casa durante duas horas. Foram levados diversos objetos de valor, incluindo uma televisão, três aparelhos de celular, uma roçadeira, 50 quilos de carne, joias e R$ 250 em dinheiro. A caminhonete Saveiro e uma motocicleta do casal também foram roubadas. Ninguém foi agredido.

Nenhum policial que retorna da Operação Golfinho será deslocado para Paverama. Hoje, apenas um servidor atua por turno. Em dezembro passado, quatro criminosos assaltaram um correspondente do Banrisul. Houve troca de tiros na principal rua da cidade, em frente à administração municipal. A viatura da BM foi atingida por oito disparos, mas o único policial militar saiu ileso. Com bancos rasgados, o veículo é o único disponível no município.

Nem a Escola Estadual de Ensino Médio Paverama, onde Marli trabalha, escapou. No fim de janeiro, criminosos quebraram uma parede e invadiram a secretaria. Televisor, rádio, pen drives e outros objetos foram levados.

“A maioria das coisas foi recuperada depois após denúncia anônima”, afirma a vice-diretora, Neusa Rossner. Mesmo assim, moradores aguardam faz anos por um aumento no efetivo. Esta realidade é semelhante em outras cidades do Vale.

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