Vale do Taquari – O aumento no preço do óleo diesel, aliado às más condições das estradas, preço dos fretes e as mudanças na lei de descanso dos caminhoneiros motivam protesto nacional da categoria. Ontem, em sete estados ocorreu bloqueio do trânsito.
No Vale, as ERS-129, em Muçum, e a ERS- 332, em Arvorezinha, tiveram o fluxo interrompido. Mais de 250 caminhões foram estacionados nas pistas. Ao todo, houve manifestação em pontos de 13 rodovias estaduais e 12 federais.
A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que é uma das entidades que representam os caminhoneiros no país, divulgou nota dizendo que sabe das manifestações e bloqueios em rodovias e que solicitou uma reunião com os ministérios para tratar das reivindicações, especialmente para tratar do aumento do combustível.
Protesto pelo Estado
Em pelo menos 16 municípios tiveram bloqueios nas rodovias ontem. Os protestos começaram de manhã e encerraram por volta das 20h. Na região Noroeste, quatro protestos são realizados pelos caminhoneiros. Em Giruá, na ERS-344, a manifestação começou nesse domingo. Cerca de cem caminhões foram estacionados ao lado da rodovia. São liberados ônibus e veículos de passeio.
Também no Noroeste, em Boa Vista do Buricá, a passagem pela BR-472 foi dificultada. Na BR-285, o protesto também começou domingo e foi retomada ontem. Em Pelotas, no Sul do Estado, caminhoneiros bloquearam dois acessos à cidade pela BR-392. Caminhões foram obrigados a parar no acostamento. De manhã, houve uma fila de mais de 2 quilômetros.
Na região Central, o protesto começou às 7h na BR-392, em São Sepé. Os participantes pararam outros caminhoneiros e obrigaram-nos a estacionar em um posto de combustível. Aqueles que tentavam desviar encontravam barreiras com pneus em chamas. Só carros podiam passar.
No Norte Gaúcho, em Nonoai, as manifestações completaram ontem cinco dias. Os motoristas se concentram na ERS-406, ligação do Estado com Santa Catarina. Os manifestantes prometem continuar com atos até receberem uma garantia de solução do governo federal. A passagem de carros e ônibus era liberada a cada duas horas. Qualquer caminhão eram impedidos de passar.