Arroio do Meio – Mais de 300 famílias do interior serão beneficiadas neste ano com a construção de redes de água. O projeto contempla as localidades de Palmas, Picada Arroio do Meio e Arroio Grande. A tubulação prevista alcança quase 30 quilômetros de extensão.
O investimento soma R$ 1,9 milhão com recursos provenientes do governo federal pela Funasa. A contrapartida municipal é de cerca de R$ 230 mil. A liberação do valor ocorre em três etapas, após a licitação. “Publicaremos o edital nas próximas semanas”, garante o vice-prefeito, Áurio Scherer.
Segundo ele, as obras garantem a substituição de toda a rede geral e parte da secundária nas três localidades. A ampliação do diâmetro da tubulação aumentará a vazão da água. Os trabalhos devem iniciar neste semestre.
De acordo com o secretário de Planejamento, Carlos Henrique Meneghini, constam também mais de 190 novas ligações domiciliares nos trechos, expandindo o acesso à rede. Na tentativa de evitar a falta de água no verão, elenca a instalação de reservatórios de 20 mil litros nas comunidades. Com a nova rede, Meneghini estima a redução de vazamentos.
No ano passado, o município trocou a rede nas comunidades de Picada Café e Linha 32. Ambas somaram um investimento de R$ 129 mil.
Espera perdura faz 8 anos
Presidente da Associação de Água de Arroio Grande, o mecânico Jardes Bruxel relata a espera de mais de oito anos por uma nova rede. Segundo ele, a tubulação atual tem mais de 40 anos e sofre constantes rupturas.
Com a instalação de tubos nos dois lados da via, Bruxel comemora mais facilidade na abertura de novos registros e ligações domiciliares.
Já o aposentado Locildo Wunsch vê os reservatórios como uma segurança a mais aos moradores, em especial agricultores, que precisam da água para consumo humano e animal. “Parte da produção de aves e suínos fica prejudicada diante vazamentos ou falta de água”, diz. Com o aumento populacional, enfatiza a necessidade de ampliação da rede.
Trabalho de orientação
No ano passado, o Departamento do Meio Ambiente realizou um trabalho de orientação às Associações de Água. Segundo o coordenador, Paulo Henrique Rubim Barbosa, 21 entidades participaram de atividades específicas, a fim de monitorar a qualidade da água dos poços artesianos.
“Coletamos amostras de cada poço para posterior análise da Funasa”, enfatiza. Segundo ele, a emissão dos resultados deve ocorrer nas próximas semanas. Estes indicarão a necessidade de ajustes na cloração e se há a presença de substâncias prejudiciais à saúde.
A partir do trabalho, Barbosa relata mais apoio às diretorias, facilitando o acesso à informação e no controle de qualidade.