Estrela – O antigo refeitório da Polar será o novo Centro Administrativo. A reforma do prédio de quatro andares começa no segundo semestre. A atual prefeitura, na rua Júlio de Castilhos, abrigará o primeiro museu público da cidade. A transferência da sede ocorre no início de 2017.
Para viabilizar a obra, o município arrecadou R$ 1,8 milhão com a venda dos prédios das secretarias de Saúde e da Agricultura. De acordo com o prefeito Carlos Rafael Mallmann, essa é a mesma quantia necessária para a reforma, segundo aponta o pré-projeto. “Se precisar de mais, podemos utilizar recursos próprios”.
Estudo de viabilidade técnica, em 2014, deu aval para a reforma da antiga estrutura da Polar, que ocupa uma quadra da rua Arnaldo Diel. Havia o temor de que o incêndio de 2013, agravado pelo depósito irregular de sofás, tivesse danificado a estrutura.
Neste mês, foi lançado edital de licitação para empresas elaborarem projetos de reforma hidráulica, arquitetônica, estrutural, de logística e também a implantação de telefonia e internet. As empresas vencedoras serão conhecidas em menos de um mês. Devem entregar os projetos em até quatro meses.
Na sequência, iniciará licitação para a obra de recuperação do prédio. Pela previsão, os trabalhos devem durar um ano e meio.
Com a recuperação do espaço, diz Mallman, toda aquela região histórica será revitalizada. Cita a recuperação da orla do Rio Taquari. “Também resolve problema de logística, pois os serviços estarão centralizados.”
Ao lado do futuro Centro Administrativo, está em construção a nova sede do Foro Trabalhista. O antigo complexo da Polar também abriga a sede da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), o Projeto Navegar e a Secretaria da Educação. Parte do complexo foi privatizada, onde funciona uma indústria. Segundo o prefeito, a Faculdade La Salle também deve se estabelecer nas proximidades.
Serviço será centralizado
Os dois prédios públicos foram vendidos após o estudo apontar a viabilidade da reforma do antigo refeitório. A sede da Agricultura, na rua Coronel Müssnich, foi vendida por R$ 508,1 mil. No fim de janeiro, a sede da Saúde, na rua Borges de Medeiros, foi arrematada por R$ 1,3 milhão. Os serviços devem ser mantidos nesses locais por pelo menos meio ano.
Conforme lei, dinheiro da venda desses bens públicos precisa ser usado para aquisição ou reforma de imóveis. Localizados na região central, devem ser demolidos para a construção de prédios comerciais.
Segundo o vice-prefeito Valmor Griebeler, a reforma do Centro Administrativo custará menos do que a adequação necessária para as repartições públicas. Entre os problemas, está a falta de acessibilidade.
Hoje o município gasta cerca de R$ 30 mil mensais com os aluguéis. As secretarias do Meio Ambiente e do Esporte e Lazer funcionam em salas alugadas, assim como a Central de Projetos.
A centralização dos serviços deve solucionar o problema. “As são secretarias espalhadas, o que causa dificuldade a quem precisa se deslocar para resolver questões burocráticas.”
Com exceção da Secretaria de Educação, que já está instalada no complexo da Polar, todas as repartições públicas serão transferidas para o Centro Administrativo.
Prefeitura vira museu
Proprietário de um museu particular, com ao menos 2,5 mil peças catalogadas, o estrelense Werner Schinke comemora a iniciativa da adminitração fundar o primeiro museu público. “Um município antigo como Estrela precisa ter uma estrutura dessas.” Schinke cederá as peças históricas para o museu. “Lá elas poderão ser mais visitadas, pois terá estrutura para isto.”
