Lajeado – As constantes reclamações a respeito do serviço prestado pela Stacione Rotativo foram assunto na sessão de ontem do Legislativo. Vereadores de situação pediram à mesa diretora que convide, já na próxima reunião, a diretoria da empresa responsável pela cobrança e fiscalização do estacionamento público para prestar esclarecimentos. Possível uso de parquímetros gera discordância entre parlamentares.
De acordo com o vereador Sérgio Kniphoff (PT), alguns projetos de emenda à lei do rotativo, retirados no fim de 2014, podem voltar. Entre eles, a gratuidade para idosos. Também critica a falta de cobradores em alguns pontos da cidade, e questiona a possibilidade de instalação de parquímetros. “Gostaríamos que a diretoria viesse aqui prestar alguns esclarecimentos. É uma empresa privada, mas presta um serviço que é público.”
Kniphoff também destaca discrepância de valores para quem compra crédito antecipado. “A hora acaba custando R$ 2.” Vereador do PMDB, Paulo Door também critica o sistema implantado em 2014 pela administração municipal. “Essa cobrança de R$ 15 de multa administrativa é irregular. Isto está confundindo e assustando os visitantes.” Ernani Teixeira rebate. “As pessoas de fora precisam se acostumar aqui, assim como fizemos em outras cidades.”
Delmar Portz (PSDB) se posiciona contra a instalação de parquímetros na área azul. Para ele, isto pode causar desempregos. “Não adianta reclamar de poucos cobradores. É possível resolver isso pagando mais, pois haverá mais interessados assim.” Antônio Schefer (SDD) também critica a possibilidade de utilizar os aparelhos para agilizar a cobrança. “Querem colocar máquinas para tirar emprego de pais de famílias”, salienta.
Para o vereador Carlos Kayser (PP), é preciso romper o atual contrato com a Stacione Rotativo. “Se o edital pede um número fixo de cobradores por quadra, e isto não é cumprido, é preciso romper o contrato e fazer nova licitação.” Sobre a instalação de parquímetros na área central, ele lembra que os aparelhos não foram exigidos no edital de licitação. “Também seria necessário um novo processo licitatório para escolher a melhor empresa para este tipo de cobrança.”
“As obras do PAC são direcionadas”
Sob risco de ser judicializada, a licitação para obras de pavimentação pelo PAC está avaliada em quase R$ 20 milhões e deveria ter sido realizada em novembro passado. Para o vereador Lorival Silveira (PP), a protelação do processo foi uma “tentativa de negociar o direcionamento do edital para empresários.” Para ele, se o processo licitatório tivesse sido feito em 2014, os serviços em 14 vias já teriam iniciado.
“Mas eles preferiram ganhar um dinheiro a mais. Agora trancou a licitação. As mudanças feitas no edital visam o favorecimento de empresas.” Segundo o vereador, o mesmo ocorreu com os processos de licitação para serviços de recolhimento de lixo. Ele demonstra preocupação com os moradores das ruas beneficiadas com o projeto do PAC. “Tentaram ajeitar para mais pessoas ganharem. E como ficam as pessoas que aguardam por essas obras?”, questiona.
Kniphoff defende o governo e lembra que na última gestão da prefeita Carmen Regina Cardoso uma mesma empresa ganhou 60 de 62 licitações para asfaltamento de ruas em Lajeado. Segundo ele, esta teria, inclusive, feito obras antes mesmo da divulgação final do processo licitatório. “Essas acusações do Lorival são graves”, finaliza.
CONCURSO
Por fim, o presidente do Legislativo, Carlos Ranzi (PMDB), anuncia que a mesa diretora finaliza o projeto de lei para abertura de concurso público na câmara de vereadores. Com isto, os ocupantes dos cargos de assessor de imprensa, jurídico, telefonista, assessor de informática e auxiliar administrativo devem ser exonerados. O concurso terá validade de dois anos.
