A ocupação de postos de trabalho em Lajeado coloca a cidade entre as principais do Rio Grande do Sul no saldo de empregos. As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, que aponta mensalmente o número de pessoas demitidas e admitidas no Brasil.
O número de pessoas empregadas na cidade subiu em todos os setores. O comércio contratou 488 pessoas a mais do que demitiu. No setor de serviços, o saldo foi de 446, e 350 na indústria de transformação. Outras 70 vagas a mais foram ocupadas na construção civil.
De acordo com a secretária de Desenvolvimento Econômico e Inovação (Sedei), Ivanete Fracaro, o desempenho é fruto do potencial econômico da cidade aliado a ações pontuais de incentivo à geração de trabalho e renda.
Ivanete menciona acordos fechados com as empresas que ocupam o distrito industrial. Quando o município vende os lotes, as empresas se comprometem a gerar vagas em uma escala crescente, com metas de variação positiva a cada ano. “A oferta de novos empregos também é exigida para concessão de incentivos financeiros.”
Conforme a secretária, o município também tem o apoio de entidades como Senai, Senac, Acil, CDL, Sebrae e Sest/Senat na oferta de cursos. O objetivo é ocupar vagas ociosas pela falta de mão de obra especializada. “Procuramos atender o que os empresários estão pedindo.”
Segundo município melhor classificado no Vale, Estrela aparece em 19° no Estado, com saldo de 447. O índice da cidade é liderado pela construção civil, com 251 contatações a mais do que demissões. Em segundo lugar, aparece o setor de extrativismo mineral, com 194 admissões a mais, seguido por serviços, com 161. Para o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Marco Wermann, o resultado é fruto de um ambiente propício a investimentos. “Para o empresário, a estabilidade é fundamental”, sentencia.
Segundo Wermann, a boa relação entre Executivo, Legislativo e sociedade civil proporciona esta segurança. “Também investimos na infraestrutura da cidade em políticas de formação”, ressalta. No ano passado, mais de 400 pessoas foram formadas em cursos do Pronatec. Outras 400 devem concluir qualificações em 2015.
Em Encantado, que teve saldo de 251, os serviços foram destaque. Foram 126 admissões a mais do que demissões. A indústria foi responsável por 221 dos 232 novos empregos ocupados em Westfália.
O número de contratações foi superior ao de demissões em todo o Estado. O saldo gaúcho é de 23,9 mil. O setor com melhor resultado é o de serviços – admissões superaram as demissões em 28,3 mil. Em seguida, aparece o comércio, com 13,4 mil novos trabalhadores.
Indústria tem saldo negativo
Ao mesmo tempo em que comércio e serviços lideraram as contratações no Estado, a indústria gaúcha apresentou encolhimento no emprego. As demissões do setor superaram as admissões em 17,3 mil.
A indústria brasileira encerrou 2014 com queda na produção e no emprego, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria. O índice de empregados ficou em 44,2 pontos em dezembro de 2014. No mesmo período de 2013, foram 46,4 pontos.
A redução influenciou o desempenho das cidades que tiveram saldo negativo de empregos no ano passado. Em Colinas, município com pior índice na região, o setor teve queda de 125 vagas. Em Arroio do Meio, foram 146 postos a menos, e em Bom Retiro do Sul, 96.
Por outro lado, a oferta de vagas do setor continua grande. Em Teutônia, município que empregou 121 pessoas a mais do que demitiu, há 750 postos ociosos. Mesmo assim, o saldo do emprego nas indústrias da cidade foi positivo, com 131 contratações.
No Vale, o setor é responsável pela criação do maior número de vagas nos últimos 12 anos, com 40.245 postos ocupados desde 2002. No mesmo período, o número de empregos formais teve um incremento de 144,2% na região, passando de 30.062 para 73.417.
Lajeado é destaque no Estado
A diversificação econômica é um dos motivos pelos quais a região apresenta dados positivos. O destaque é Lajeado, que ficou em terceiro lugar no Estado. Comércio, serviços e indústria de transformação contrataram, no ano passado, 1.443 pessoas a mais do que demitiram.
