Coligação enfraquece e três servidores pedem exoneração no governo

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Coligação enfraquece e três servidores pedem exoneração no governo

Líderes do PT cogitam romper acordo com partidos

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Às vésperas de iniciar o ano letivo, três dos principais responsáveis pela Secretaria da Educação saem do governo. As exonerações, a pedido dos próprios servidores, decorreram de um enfraquecimento do grupo partidário montado para gerir a administração municipal neste segundo mandato do prefeito Ricardo Rockenbach (PP). Definição sobre os substitutos deve ocorrer hoje.

01As desavenças teriam começado no fim do ano passado pela câmara de vereadores, a partir da eleição de Airton da Costa (PT) para a presidência do Legislativo. O parlamentar foi acolhido na escolha pelos partidos de oposição ao Executivo.

Os demais partidos da base aliada repudiaram a decisão, visto o acordo firmado no pleito municipal de 2012 que previa para este ano o PMDB à frente do parlamento. “Alguns dentro da prefeitura já criticavam a Educação de forma injusta. Quando assumi a presidência, isto se agravou”, relata da Costa.

De acordo com ele, a secretária da Educação, Valquíria Marques de Castro, o diretor da escola Pedro Pretto, Joaquim Rauber, e a supervisora do mesmo colégio, Alana Morari, que também era responsável pelos projetos encaminhados pelo governo a Brasília, não aceitaram as “fofocas” e as queixas. Os três convocaram o partido nesta semana para relatar os fatos e anunciar as saídas.

Rockenbach, que retornou das férias nessa terça-feira, se diz aflito com a situação. “Sabia de rumores, mas a decisão não foi minha.” Ele rechaça qualquer queixa sobre o trabalho dos três servidores. “Cometeria uma grande injustiça em dizer que o trabalho não foi correspondido. Da minha parte, vejo que alcançamos uma posição privilegiada dentro do Estado.”

Secretaria nas mãos do PT

O prefeito cumpre o segundo mandato consecutivo. No primeiro, a coligação englobava PT e PP. Desde então, Valquíria era secretária da Educação. “Definimos ainda naquela época que a Educação ficaria a cargo do PT”, afirma Rockenbach.

No segundo pleito, mais dois partidos se juntaram à base situacionista, mas os petistas não assinaram a coligação. Apenas apoiaram a candidatura. Mesmo assim, o acordo pelo comando da secretaria foi mantido.

Conforme o prefeito, o PT tem até hoje para definir os substitutos ou se pretende devolver os cargos da Educação. “É uma questão de partido. O ano letivo está começando e precisamos ser ágeis. Devemos manter, se não melhorar, a qualidade de ensino neste ano.”

Para o vereador da Silva, o prazo estipulado pelo prefeito é curto. “Dentro disso é muito difícil organizar o partido para definir algo. Estou conversando com as pessoas para dar uma resposta. Mas estamos tratando da educação, a base de todas as coisas.”

Sempre fomos muito usados”

Diante dos acontecimentos, da Silva aponta a possibilidade de um rompimento no apoio político. “Sempre fomos muito usados. Quando se trata de vários partidos, é muito difícil. Há pessoas que não entendem. Acham que se ganha a eleição sozinho. Vamos analisar e ver o rumo.”

Por momento, observa o vereador, o apoio ao governo continua na câmara. “Quando assumi a presidência surgiram boatos que eu seria contra a administração. Não é verdade. Temos que apoiar o município quando necessário, mas também não podemos defender tudo.”

Acredita que a saída dos três servidores será prejudicial a Travesseiro. “Enfraquece bastante, porque eram pessoas comprometidas que estavam há tempo ali. Até que os novos peguem o ritmo, demora.”

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