Comunidade tenta reerguer o hospital

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Comunidade tenta reerguer o hospital

Jogos de futebol e shows marcados para amanhã arrecadarão recursos e alimentos

A fim de melhorar a situação financeira do Hospital São Gabriel Arcanjo, comunidade organiza shows e jogos beneficentes. Em novembro do ano passado, a entidade tinha uma dívida de R$ 220 mil. Hoje, foi reduzida para R$ 60 mil. Conforme a diretora Elisabeth Centena, o quadro melhorou devido aos cortes em gastos e reorganização financeira, mas é insuficiente.

01Cerca de 50 atendimentos são feitos todos os dias, incluindo o pronto atendimento 24h. Quase a totalidade das consultas são pelo SUS. Hoje, União, Estado e município repassam juntos pouco mais R$ 100 mil, mensalmente. Segundo a diretora, este aporte é para manter a receita e despesa equilibrada.

A ajuda comunitária por meio de um evento festivo partiu da primera-dama Roselene Marmitt. “Temos talentos próprios, bons músicos que são conhecidos na cidade e que se prontificaram a ajudar”, diz. Entre os estilos de música, estão MPB, rock nacional, nativista e sertanejo.

Brinquedos infláveis e atividades artísticas serão a atração das crianças. Funcionários do posto e casa de saúde venderão alimentos e bebidas. O ingresso é dois quilos de alimento não perecível.

O Campo do Cruzeiro, na rua General Neto, no centro, será palco para atletas voluntários e talentos locais da música. Três Gre-Nais foram confirmados.

Um deles, o feminino, inicia às 18h. O último, às 19h30min, será entre veteranos do Baiúca e médicos da cidade. Cada atleta voluntário contribuirá com R$ 20. O valor arrecadado será revertido ao hospital. A intenção é angariar recursos para comprar um monitor cardíaco para a instituição.

Referência no município

A Sociedade Hospital São Gabriel Arcanjo foi fundada em 16 de agosto de 1941 e serviu de propaganda para a emancipação da cidade. Há três meses a entidade passou a ser administrada pelo município.

Nascido em Cruzeiro do Sul, João Roque Brandão, 71, ajudou na emancipação e lembra de quando o hospital tinha as mesmas capacidades do Bruno Born. Hoje, quando precisa consultar, vai ao posto de saúde ou a Lajeado. Para ele, o hospital parou no tempo. “Aqui não tem aparelhos. Leva de dois a três meses para fazer um exame. É mais fácil ir na cidade vizinha.”

Ilsa Delvy, 77, teve três infartos. No primeiro, há mais de 20 anos, procurou pelo atendimento médico local, o qual não diagnosticou os problemas cardíacos. “Quando fui a Lajeado, fiquei internada por duas semanas.”

A dona de casa, Margaretti Theodoro, 39, tem quatro filhos e dois deles ainda recorrem ao atendimento local. “É necessário para quem tem filhos. Mas alguns médicos não atendem bem ou dão diagnósticos equivocados”, diz.

Há 25 anos, Nelci Gregory, 71, necessitou operar uma érnia e o fez no hospital da cidade. “Não tive problema nenhum e fui muito bem atendida”, conta.

Apesar de menor capacidade médica que o HBB, o São Gabriel Arcanjo tem 33 leitos disponíveis.

Programação

Apresentações musicais:

Guilherme Reis (MPB)

Vando e Abel (rock nacional)

Leonardo Fleck e Felipe (nativista)

Beto e Tobias (sertanejo)

Madison Motta

Vinicius de Moraes (nativista)

Jogos:

18h – Gre-Nal feminino

18h30min – Gre-Nal masculino

19h30min – Veteranos do Baiúca x médicos

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