Daer retoma roçadas após férias coletivas

Você

Daer retoma roçadas após férias coletivas

Suspensão do serviço em janeiro gerou críticas

O Daer promete mutirão a partir de hoje para normalizar os serviços de roçada na região. As atividades foram suspensas durante o mês de janeiro, quando a equipe responsável pela atividade recebeu férias coletivas. A falta de manutenção resultou em uma série de transtornos, nos quais a capoeira chegou a encobrir placas de sinalização.

01De acordo com o engenheiro da superintendência regional, Luciano Faustino, a autarquia tem duas alternativas para fazer as roçadas. A primeira, por meio da contratação de uma empresa terceirizada. A outra, pela utilização de servidores lotados na região. “Preferimos não contratar porque nossos profissionais são muito bons nisso. Além do mais, deixamos de gastar dinheiro e podemos investir em outras questões, como tapa-buracos e remendos.”

Faustino garante a retomada dos serviços para hoje, a começar pela ponte sobre o Arroio Saraquá na ERS-413, em Lajeado. “A vegetação está atrapalhando os motoristas. Daremos prioridade para rodovias como essa, onde há maior circulação de pessoas e necessidade de limpeza.” A seguinte da lista é a ERS-421, no bairro Conventos.

Conforme o engenheiro, oito servidores integram a equipe de roçadas. Para agilizar o serviço, os trabalhadores utilizarão uma roçadeira mecânica acoplada a um trator. “Vamos manter um ritmo acelerado pelos próximos dois meses. Assim, pretendemos deixar tudo em ordem.”

A 11ª Superintendência do Daer, com sede em Lajeado, é responsável por rodovias de 47 municípios. Para isto, conta com 70 servidores. Destes, 30 atuam no escritório regional e os demais fazem os serviços externos. O quadro funcional demonstra a dificuldade da autarquia em atender a toda a demanda, pois no auge de funcionamento contava com quase 300 pessoas. Além disto, faltam equipamentos e os existentes estão sucateados. A maioria das máquinas é da década de 1980.

Capoeira encobre placas

O crescimento da vegetação aumenta em períodos de maior volume de chuvas e calor, como o registrado em janeiro. Em função disto e da falta de roçadas, a capoeira começa a tomar conta das rodovias administradas pelo Daer na região. A principais queixas decorrem justamente das duas primeiras vias na lista emergencial elencada pelo departamento: ERS-413 e ERS-421.

Milton Antônio Sabke, morador de São Bento, aponta aos riscos de acidentes em virtude do capim alto. “A ponte, por exemplo, tem apenas uma pista e mal dá para enxergar até o outro lado. Todo o ano é esse transtorno.” Maria de Souto Silva, do mesmo bairro, corrobora com a opinião de Sabke. “Muitas das placas também estão escondidas no meio do matagal e o inço invade o pouco espaço que temos para caminhar.”

Problemas semelhantes enfrentam os moradores do bairro Conventos, na ERS-421. Na região há muitos pontos onde não há espaço específico para pedestres. “O capim está invadindo a rua e nós precisamos disputar espaço com os veículos”, reclama Elvânia Mallmann Hüber.

Acompanhe
nossas
redes sociais