Inço avança sobre ruas, canteiros e praças

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Inço avança sobre ruas, canteiros e praças

Administração acumula pedidos e admite dificuldade em manter a limpeza da cidade

A reclamação de moradores sobre à demora no serviço de capina mecanizada e roçada é constante. Em alguns locais, o capim atinge quase dois metros, como em um canteiro no centro.

O calor e chuva favorecem crescimento do inço. Os pedidos por roçada aumentam. Só a Secretaria da Agricultura e Urbanismo (Saurb) recebe cerca de 50 reclamações diárias.

Parte delas se refere a terrenos baldios e calçadas, as quais são de responsabilidade dos proprietários.

Ao município cabe limpeza dos locais públicos como praças, canteiros, ruas e parques – listados entre os principais pedidos.

03São Bento. O vigilante José Claudiomiro da Fontoura fez na quarta-feira o terceiro pedido de limpeza da área verde do bairro onde mora. Desde novembro, os moradores aguardam pelo serviço. Relata a preocupação dos pais com os filhos, os quais costumam utilizar o local para brincar. “Há muitos insetos e até cobras, devido ao matagal que se formou.”

Moinhos D’Água. Comerciante, Daniel Giacobbo relata a presença de mato em canteiros centrais das ruas. “Nunca vejo as equipes trabalhando por aqui.”

Moinhos. O agrônomo Mauro Tubino critica a qualidade do serviço feito. Elenca o crescente capim no meio-fio e dificuldades do município em atender a demanda mensal. “A tendência é atenderem onde tem mais pressão (sic).”

Centro. Em um dos canteiros centrais da rua Carlos Fett Filho, o capim alcança quase dois metros. “Está virado em mato. Ninguém mais veio limpar”, diz o padeiro Sérgio Neitzke. O problema continua nas ruas Bento Gonçalves e Saldanha Marinho. Comerciantes invocam os tributos pagos todo mês como argumento para obter os serviços.

Em contrato

Toda a parte de roçadas de canteiros, praças e parques fica sob a responsabilidade da Secretaria de Agricultura e Urbanismo (Saurb). Esta tem contratado 500 mil metros quadrados por mês.

A parte de capina mecanizada (limpeza de ruas e pintura do meio-fio) cabe à Secretaria do Meio Ambiente. O setor tem uma cota anual de um milhão de metros lineares, o que representa uma média de 83,3 mil metros por mês. Cada metro linear custa R$ 1,58.

Secretário admite dificuldade

O secretário do Meio Ambiente, José Francisco Antunes, reconhece a dificuldade em atender a demanda e atribui às horas contratadas insuficientes.

Calcula que a metragem feita em janeiro passe da média mensal de 83 mil metros. Para suprir o aumento da demanda nos meses de fevereiro e março, aguarda por aprovação de um aditivo no contrato. O documento pede um acréscimo de 25% para os dois meses, o equivalente a 250 mil metros lineares. A medida representa um custo adicional de R$ 400 mil.

Antunes projeta mudanças no contrato com a empresa terceirizada, prevista para março. “Devemos reduzir a metragem no inverno e deixar uma reserva para o verão”, diz.

Segundo Antunes, áreas centrais ou com maior fluxo de pessoas têm prioridade. Um mapa específico aponta as áreas licitadas, sendo trechos asfaltados ou pavimentados. “Tentamos manter um rodízio mensal.” Conforme ele, sempre que é feita a capina, ocorre a pintura do meio-fio.

Mais servidores foram contratados

O secretário da Saurb, Ricardo Giovanella, também reconhece dificuldades para atender a demanda. “A cidade tem mais de 130 hectares de áreas públicas.” Só em locais como o Parque Professor Theobaldo Dick, calcula 170 mil metros quadrados.

Contratou mais cinco servidores terceirizados de dezembro a março, para cuidar das praças. “Fazem em média três por dia.”

Há pelo menos outros dez servidores terceirizados atuando nos bairros. Priorizam locais com maior fluxo de pessoas.

Onde fazer os pedidos

Roçada de canteiros, praças, parques: Saurb – 3982-1033

Reclamações sobre terrenos baldios: Planejamento – 3982-1068

Capina mecanizada de ruas e pintura de meio-fio: Meio Ambiente – 3982-1301

Limpeza e manutenção de calçadas ou terrenos particulares: responsabilidade de proprietários ou inquilinos

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