Comunidade clama por mais segurança

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Comunidade clama por mais segurança

Moradores e poder público debatem ações contra a criminalidade no Jardim do Cedro

Inseguros com a onda de assaltos, arrombamentos e vandalismos que assolam o bairro Jardim do Cedro, moradores realizaram audiência pública para exigir uma solução e encontrar alento. Secretário de Governo Auri Heisser, secretária de Trabalho, Habitação e Assistência Social (Sthas) Ana Reckziegel, presidente da Associação de Moradores Plínio Duarte, Brigada Militar, profissionais da saúde e comunidade participaram.

02Alvo de frequentes vândalos, a construção do novo posto de saúde local está ameaçada. Ao menos cinco casos de vandalismo contra a UBS do bairro foram registrados. Em todos o prédio teve vidros quebrados e materiais de construção furtados. Em dezembro, os vândalos derrubaram uma parede e furtaram tijolos, cimento, areia, brita, ferramentas, botas e até um carrinho de mão.

Engenheiro responsável pela obra, Giuliano Gheno, diz estar no prejuízo, pois precisa repor materiais e equipamentos a cada semana. A obra está em fase de instalação de aberturas. “Só colocaremos se tivermos segurança. Se roubarem, não vamos repor”, afirma. Relata que os funcionários da empresa estão desistindo de trabalhar porque são vítimas de frequentes assaltados nas redondezas.

A secretária adjunta da Saúde, Ana Gleisa Cargnelutti, afirma que os atos atrasam a conclusão da obra. Antes prevista para março, a entrega da ampliação deverá ficar para maio ou junho. Não está descartada a interrupção do trabalho caso os danos continuem.

Morador desde 1993, Claucio Heisler, conta que os dois filhos já foram assaltados, perdendo carro e motocicleta. “Nunca tinha visto uma onda de criminalidade tão alta. Não imaginava que um dia chegaria a este ponto.” No sábado, teve furtado o portão eletrônico da casa.

Em resposta às queixas sobre o pouco policiamento na região, o tenente Edson Maggioni, alega problemas com o baixo efetivo nesta época e cortes de horas extras. Além disto, aponta que os detidos, na maioria das vezes, são menores de idade e são liberados em seguida. Menciona a necessidade de um acompanhamento melhor junto às famílias.

Cemitério na iminência de fechar

Os cemitérios municipal e católico, instalados no mesmo bairro, também são alvo constante de vândalos. Lápides são quebradas, letreiros roubados e sujeira espalhada pelos ambientes. Os locais também servem de concentração para usuários de drogas, em especial de crack.

A condição afasta cada vez mais o interesse das famílias em sepultamentos na região. No segundo semestre do ano passado, o governo de Lajeado anunciou o fechamento gradativo do espaço público para os meses seguintes, com a transferência dos restos mortais ao ossário do Florestal.

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