Conta de restaurante pode subir até 30%

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Conta de restaurante pode subir até 30%

Inflação de produtos e serviços resulta em aumento de custo ao consumidor

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Vale do Taquari – A seccional gaúcha da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-RS) divulgou nesta semana a estimativa de aumento de até 30% nos restaurantes. O índice considera a sucessiva inflação de produtos e serviços, registrados no último ano.

01Entre os responsáveis pela conta mais alta, aparece o reajuste de gás (13,3%), chope (16%), energia elétrica (27%), carne e aluguel. Itens básicos (ver tabela), como a batata inglesa, está em falta e o preço em alguns pontos aumentou até 40% nas últimas semanas.

A carne bovina influência na alta. O quilo da chuleta, por exemplo, custava R$ 16,90 em janeiro do ano passado. Neste mês, o preço chega a R$ 21,06. Um aumento de 24,6%.

Segundo a presidente da entidade, Maria Fernanda Tartoni, os reajustes nos preços das refeições devem iniciar neste mês, com variação de 15% a 30%. Elenca a redução de movimento no período de férias de verão, como outro fator concorrente com a decisão. “O quadro atual leva a uma situação limite.”

O reajuste no Piso Regional também é incluído pelos comerciantes. Com a mudança de faixa para funcionários do setor de bares e restaurantes, o percentual é maior. Além do salário, questões trabalhistas e mudanças no mercado refletem no preço final da tabela.

Mudanças no cardápio

Proprietários de bares e restaurantes já sentem o impacto da inflação dos produtos e serviços. O lajeadense Nilso Zanatta, atua no ramo faz seis anos. Com os mesmos valores do bufê por quilo e livre faz dois anos, relata a necessidade de reajuste para conseguir manter o negócio.

Zanatta estima entre 15% a 22,5% o aumento nos preços fixados, caso não haja um alívio na inflação. “Itens como a carne, por exemplo, estamos quase pagando para vender”, considera. Elenca ainda outros produtos naturais, como a laranja comum utilizada para suco.

O valor da caixa de 20 quilos em época de produção custa R$ 16. Durante a sazonalidade, o preço sobre para R$ 32 a caixa. “Só se consegue em Porto Alegre”, diz. O mesmo ocorre com verduras e frutas.

Dona de uma lancheria e restaurante no centro de Lajeado, Juçana Henicka, enfatiza os gastos com energia elétrica. No último mês, pagou cerca de R$ 400 a mais do que o habitual. Apesar do impacto, ainda não alterou os valores dos produtos.

Pretende esperar até a chegada de março, quando encerram as férias escolares e o movimento se intensifica. “Aumentar demais também não dá”, diz. Com a inflação e necessidade de aumento dos preços, teme pela redução de clientela.

Mais pesquisa no compra

Consumidores como a auxiliar de serviços gerais, Rosane Fernandes, citam o aumento nas contas de mercado e alimentação no fim do mês. Moradora de Arroio do Meio, ela costuma comprar os alimentos em Lajeado. “Com o valor que eu comprava há três meses, já não levo mais as mesmas coisas para casa”, compara.

Para reduzir parte dos custos, tenta criar o hábito de pesquisar os preços e, quando possível, optar por produtos mais baratos. Promoções também são bem vistas.

Mesma atitude tomada pela faxineira, Elaine Mallmann. Ela ressalta, por vezes, a mudança de hábito das pessoas, em substituírem alguns alimentos por outros.

A compra de verduras ou frutas, por exemplo, em períodos de época, também se torna opção para parte dos consumidores.

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