Lajeado – Natural de São Paulo, Cristiano da Silva Braz, 28, desapareceu quando se banhava entre o Rio Forqueta e Taquari, nas proximidades da ponte de ferro, entre Lajeado e Arroio do Meio.
Ele estava com outros oito amigos quando submergiu e sumiu. Ontem, bombeiros do Grupo de Buscas e Salvamento procuravam o corpo do homem. Ele estava morando no bairro São Cristóvão, em Lajeado, há poucos dias. Braz trabalhava no setor de construção civil.
Testemunhas relatam que ele estava próximo da margem do rio. Com a água acima do nível normal e a forte correnteza, Braz foi sendo afastado do ponto onde estavam os amigos. “Ele afundou duas vezes e desapareceu”, conta Adriel Veloso, 15.
O pai de Adriel, Jaime Veloso, também estava no local no momento da fatalidade. “Todos avisaram que o local era perigoso. Os próprios amigos pediram para ele não ir longe”, relembra.
Autoridades alertam para Risco iminente
Casos de morte por afogamento na foz dos rios acontecem com frequência. O local, conhecido por Cascalheira, é impróprio para banho. Não há exploração comercial, nem placas indicando os riscos do ponto. No ano passado, autoridades de Arroio do Meio e de Lajeado iniciaram uma discussão sobre como evitar mais fatalidades na Cascalheira.
Na ocasião, o secretário de Segurança Pública de Lajeado, Gérson Teixeira, chegou a cogitar a restrição de acesso ao local.
Segundo o relato de pescadores, como Eldor Buth, o banho deveria ser proibido. Ele mora faz duas décadas nas proximidades onde houve o afogamento. Desde então, perdeu as contas de quantas mortes presenciou.
O pescador João Carlos Mösch, 65, diz que a maioria dos afogamentos acontece por desconhecimento das vítimas sobre o local. “Há buracos traiçoeiros, profundos e com forte correnteza que derruba e arrasta.”
