Defesa Civil quer lembrar tufão de 1967

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Defesa Civil quer lembrar tufão de 1967

Proposta sugere criação do Dia Municipal em homenagem a mortos em catástrofe

Lajeado – A maior tragédia natural registrada no Vale do Taquari no século passado poderá ser eternizado por meio de uma proposta de decreto municipal, que transforma o dia 1º de setembro do Dia Municipal da Defesa Civil. A intenção é homenagear famílias que perderam casas e sofreram com a morte de parentes na trágica madrugada de 1º de setembro de 1967. Seis pessoas morreram em menos de 180 segundos.

02Conforme o coordenador da DC de Lajeado, Gilberto Schmidt, a intenção é evitar que a data seja esquecida. Além da lembrança do dia, ele também pretende criar um memorial com os nomes das seis vítimas na sede do departamento. “Estamos buscando as histórias daquela época, e também familiares das vítimas. Foi um momento que chocou a todos e a homenagem para as pessoas que viveram aquele terror é necessária.”

Para Schdmit, conhecer a história daquele fatídico dia é uma forma de trabalhar a prevenção. “Não conseguiremos evitar essas catástrofes naturais. Mas precisamos aprender com elas para sempre amenizar os danos.” A proposta de lei municipal para proclamação do Dia da Defesa Civil deverá ser encaminhada ainda nesta semana ao gabinete do prefeito Luís Fernando Schmidt.

O coordenador também busca relatos, imagens e documentos que registraram a tragédia. Jornais estaduais, como o Correio do Povo, estamparam o desastre em suas capas. Apesar disso, são poucas as fotografias disponíveis nos acervos do município. “Por isso estamos pedindo auxílio de pessoas que vivenciaram aquele momento, ou que mantenham em casa alguma lembrança daquela data”, comenta.

Seis mortes em três minutos

Era quase 6h quando teve início um forte vendaval acompanhado de granizo. Em um intervalo de 180 segundos, casas, galpões, postes e veículos foram destruídos pela força do vento, e muitos moradores que estavam em áreas externas foram arremessados contra os destroços. Ginásios da Fenal, e também do centro de reservistas de Santa Clara do Sul, foram parcialmente destruídos.

Um dos casos mais impressionantes envolveu a família Junges. Moradores – na época – do bairro Carneiros, tiveram sete integrantes hospitalizados. Um oitavo, chamado Marino, foi arremessado para dentro de um pequeno riacho e morreu afogado. Outra moradora, que estava próxima ao antigo cinema Alvorada – hoje Galeria Alvorada – foi atingida no pescoço por uma telha de zinco.

Oficina da Defesa Civil

A DC de Lajeado oferece, neste sábado, a primeira Oficina do Riso. Segundo Schmidt, uma equipe de Porto Alegre ministrará atividades lúdicas para posterior interação com pacientes em hospitais, casas geriátricas e entidades carentes. “É uma forma de levar alegria para quem passa por momentos delicados”, avalia.

Conforme o coordenador, o curso ocorre das 13h30min às 18h, no salão de eventos da prefeitura. Ele conta que a ideia surgiu a partir de uma conversa com representantes do Hospital Bruno Born (HBB). A intenção é criar o grupo Hospitalhaço, realizndo visitas rotineiras aos pacientes.

São 25 vagas disponíveis para pessoas com idade acima de 15 anos. As inscrições estão abertas até sexta-feira, e podem ser realizadas na sede da DC, situada dentro do Parque do Imigrante. O atendimento no local ocorre das 8h às 14h, sem fechar ao meio-dia. O investimento é de R$ 80 e deve ser pago no momento da inscrição. Mais informações podem ser adquiridas pelos telefones 8024-7261 ou 8555-4161.

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