Saída de Noll abre concorrência por cargo

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Saída de Noll abre concorrência por cargo

Opções foram apresentadas para Administração, mas dúvida ainda persiste em 2015

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Lajeado – O prefeito Luís Fernando Schmidt esperava anunciar na próxima semana o novo secretário de Administração. Mas a indecisão do principal indicado, o advogado Fábio Gish, adia definição para a próxima semana. O PMDB já indicou outros nomes, que inclusive contavam com o aval do chefe do Executivo. Todos negaram o convite. Possibilidade do PT indicar o substituto de Nelson Noll, que anunciou a intenção de deixar o governo, cresce nos bastidores.

02Marisa Bastos, que deixou a função de coordenadora regional de educação (CRE), surgiu como um possível nome. No entanto, sua indicação pelo PT iria contrariar o acordo firmado com o PMDB há duas semanas, e que serviu, entre outros propósitos, para acertar a eleição do peemedebista Carlos Ranzi à presidência do Legislativo. “O partido perderia força se isso ocorresse”, sustenta Ranzi.

A professora e ex-coordenadora já atuou no cargo de secretária de Administração em Lajeado. Foi durante a gestão do ex-prefeito, Leopoldo Feldens, quando também respondia pelo Conselho Municipal de Educação. Antes de assumir a 3ª CRE, em janeiro de 2011, Marisa atuou como diretora do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco, de Lajeado, entre 2004 e 2009. Ela é licenciada em Pedagogia pela Unisc, e pós-graduada em Administração e Supervisão Escolar.

Gish consolidou sua carreira trabalhando com assessorias jurídicas de Executivos e Legislativos da região. Hoje, o advogado atua em Cruzeiro do Sul, Colinas e Marques de Souza. Ele também defendeu o ex-prefeito Gilberto Keller (PMDB), cassado após de denúncias encaminhadas pelo Ministério Público (MP). Keller seria um dos principais articuladores da possível nomeação de Gish.

Apesar de demonstrar interesse em assumir a secretaria, o advogado – que é filho do vereador Waldir Gish (PP), um dos líderes da oposição – dificilmente aceitará o cargo neste momento. Segundo integrantes do PMDB, ele estaria com receio de se desvincular dos atuais contratos. Teme que “as portas sejam fechadas” para ele nestes municípios.

O Executivo não confirma a indicação de Marisa. Setores do PT apreciam a indicação de Gish, assim como alguns vereadores. O partido deve aguardar, pelo menos por enquanto, pela decisão do PMDB. Outros nomes já cogitados, como de Rosângela Líbio, do advogado Giovani Lucian, e do ex-gerente da Stacione Rotativo, Vitor Hugo Gerhardt, o “Cokinho”. Este último não contaria com indicação de líderes do partido.

Outras possíveis mudanças

Outro secretário ligado ao PMDB pode estar de saída do governo municipal. Ricardo Giovanella, da Secretaria de Agricultura (Seaab), recebeu convite da equipe do governador do Estado, José Ivo Sartori, para assumir uma vaga ligada à Casa Civil. A distância da família pode fazer com que ele não assuma a responsabilidade e permaneça em Lajeado. Se aceitar, precisará morar em Porto Alegre.

O outro secretário ligado ao PMDB, Adi Cerutti, enfrenta uma polêmica sindicância realizada após furtos de pneus de dentro da Secretaria de Obras (Sosur), pasta assumida por Cerutti desde o início desta gestão. Conforme investigação interna, ele teria sido omisso frente ao fato, e também teria culpa em alguns casos de desvio de função verificados no quadro de pessoal da Sosur. Ele pode ser julgado por improbidade administrativa.

quarta troca

Desde o início do atual governo, três secretários já deixaram o cargo. O primeiro deles foi Marquinho Lang, substituído por José Antunes na Secretaria de Meio Ambiente com menos de dois meses de mandato. Em julho do mesmo ano, Jolci Léo Bolsi deixou a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação, dando lugar para Ivanete Maria Fracaro.

Já o terceiro caso, envolvendo o ex-secretário de Cultura e Turismo (Secultur), Eduardo Gomes Muller, foi mais polêmico. Ele foi acusado de mau uso de recursos públicos por um carnavalesco de Lajeado. Nada foi provado, e Müller – que pediu para ser exonerado na época – está processando Manoel da Silva, responsável pelas acusações.

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