Ranzi vence disputa e assume a câmara

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Ranzi vence disputa e assume a câmara

Ildo Salvi protocolou chapa para a eleição mas retirou por falta de apoio da oposição

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Lajeado – A disputa não foi nos votos. Ela ocorreu durante quase dois meses nos bastidores dos partidos da coligação responsável pela administração municipal. Carlos Ranzi (PMDB) e Ildo Salvi (PT) não chegaram a um consenso, apesar dos documentos e acordos firmados entre demais partidários. Por fim, o petista chegou a protocolar uma chapa aliada com a oposição, mas nem mesmo os vereadores do PP aceitaram a proposta.

04Ranzi chega à presidência após seu segundo ano atuando como titular do Legislativo. Sérgio Rambo (PT), Heitor Hoppe (PT), Sérgio Kniphoff (PT), Élio José Lenhardt (PT), Ernani Teixeira (PDT), Delmar Portz (PSDB), Antônio Schefer (SDD), Carlos Kayser (PP), Círio Schneider (PP) e Lorival Silveira (PP) apoiaram a chapa. Hoppe será vice-presidente, e Rambo o secretário.

Assim como Waldir Gish (PP), que se absteve, Salvi não aprovou a escolha. Ele votou contra, após ter retirado a inscrição da própria chapa concorrente. Segundo ele, os candidatos a vice e a secretário não assinaram o documento. “Estava tudo combinado”, sustenta. No entanto, Schneider e Kayser afirmam que nada havia sido acordado até o momento da sessão.

Sobre sua postura de ir contra o próprio partido e tentar se aliar com vereadores da oposição, afirma estar tranquilo. “Fiz isso para defender o partido. O acordo era esse desde o início.” Sobre os rumores de que poderia estar deixando o PT, Salvi endossa. “Eu sou do PT. No documento assinado, não consta obrigação do PMDB apoiar nosso partido no ano que vem.”

Presidente do PT em Lajeado, o suplente de vereador, Ricardo Ewald, se mostrou “surpreso” com a atitude de Salvi. “Tudo foi conversado, e a decisão que foi tomada era de apoio ao Ranzi.” Sobre possíveis sanções contra Salvi, ele prefere aguardar. “Não pensamos nisso até o momento. Creio que essa decisão é necessária para a boa governabilidade.”

Ele também nega que o PMDB não tenha se comprometido a apoiar o PT na eleição da mesa no próximo ano. “Todos os vereadores se comprometeram a votar em um candidato do PT para assumir a presidência em 2016.” Sobre uma suposta “insubordinação” por parte de Salvi, Ewald também prefere não comentar.

Ranzi foi o vereador que mais apresentou projetos

Nascido em 24 de junho de 1980, Carlos Ranzi é o mais novo vereador no Legislativo. Filho de João Carlos e Loyani Maria Ranzi, veio em 1995 de São Lourenço do Oeste, cidade catarinense. Além da atuação parlamentar, ele trabalha na agência do Banco do Brasil. Foi suplente de vereador na legislatura de 2008 a 2012, quando fez 383 votos.

Em 2012, Ranzi foi eleito vereador com 677 votos. Durante os dois primeiros anos, destacou-se pelas críticas ao atual governo, e também foi o vereador que mais apresentou projetos em 2013 e 2014. O peemedebista aposta na divulgação dos projetos e propostas pelas redes sociais. Costuma filmar todas as participações em plenário e disponibilizar o vídeo no blog e na página do Facebook.

Uma das ideias do vereador é aumentar a divulgação das ações realizadas na câmara. No ano passado, partiu de seu gabinete uma proposta para transmitir as sessões por um canal de TV a cabo. “Essa é uma das ideias. Aplicamos no nosso gabinete e o retorno vem sendo muito positivo. Vamos construir essas possibilidades com os demais vereadores. O primeiro foco é a transparência.”

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