Justiça recolhe hoje os bens da Uambla

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Justiça recolhe hoje os bens da Uambla

Decisão ocorre após entidade perder processo movido por ex-funcionário da rádio

oktober-2024

Lajeado – A sede da Uambla será esvaziada hoje à tarde. Computadores, impressoras, balcões, cadeiras, geladeira, bebedouro, mesas, divisórias e outros materiais de escritório foram empenhados em agosto, após a Justiça deferir ação trabalhista movida por um ex-locutor da Rádio Legal, emissora comunitária gerenciada pela entidade. Segundo a decisão, ele tem mais de R$ 255 mil a receber.

02Restará apenas um computador dentro do já ocioso prédio localizado na esquina das ruas Bento Gonçalves e Francisco Oscar Karnal. Marco Salvatori, presidente da Uambla, afirma que amigos e conhecidos já se prontificaram a auxiliar com a doação de móveis usados. “Ficaremos apenas com um computador e a funcionária aqui dentro”, afirma.

O recolhimento dos bens da entidade está agendado para 13h30min Na semana passada, um oficial de Justiça passou no local para conferir se todo material registrado após a decisão judicial ainda se encontrava no prédio. Conforme a reclamatória trabalhista, o ex-funcionário teria valores a receber referentes a 13º salários, férias, horas extras, folgas e outros direitos.

Conforme Salvatori, 50 aparelhos eletrônicos que a Uambla utilizava na cobrança do estacionamento rotativo não foram penhorados. Mesmo assim, a entidade ofereceu o material para abater a dívida. “Alguns estão bons, e outros ruins. Já houve proposta de empresa para comprá-los. Estão avaliados em pouco mais de R$ 15 mil.” O material da Rádio Legal também não foi penhorado.

O presidente lamenta a atual situação financeira, herdada de gestões anteriores. Mas enaltece a quitação de valores com ex-funcionários. “Pagamos todos os direitos para 28 funcionários, que receberam mais de R$ 180 mil referentes a valores atrasados pela gestão anterior.” Ele também confirma a renegociação de uma dívida superior a R$ 20 mil com o Sicredi.

Venda do prédio

Mesmo que a câmara de vereadores tenha reprovado o projeto, o Executivo deve insistir na venda do prédio público onde hoje se encontra a Uambla. O valor do imóvel está avaliado em R$ 3 milhões. Com o negócio, a administração municipal pretende erguer outro Centro Administrativo próximo ao Parque dos Dick. Salvatori adianta que a Uambla deve receber uma sala no novo prédio.

“Não temos R$ 30 mil em bens”

A situação da entidade preocupa. O presidente atesta que os bens penhorados serão insuficientes para quitar a ação movida pelo ex-funcionário. “Não temos R$ 30 mil em bens. E ainda estou incluindo os aparelhos de cobrança do rotativo e todo material da Rádio Legal, que não foram penhorados.”

Hoje, a Uambla recebe auxílio mensal do Executivo para manter, ao menos, uma funcionária para atender as associações de moradores filiadas. O trabalho do presidente é voluntário. A internet gratuita, que era disponibilizada no centro, foi cortada em março por falta de pagamento. Na semana passada, um raio queimou um computador e dois servidores instalados no prédio.

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