Proposta de reduzir turmas causa polêmica

Você

Proposta de reduzir turmas causa polêmica

Comunidade escolar da Vitus Mörschbächer teme fechamento da instituição

Lajeado – Uma reunião entre representantes da Secretaria de Educação, do CPM e da direção da escola Vitus Mörschbächer, localizada no bairro Universitário, causou desconforto na comunidade escolar. O motivo da polêmica é a proposta da administração de reduzir o número de turmas na instituição e transferir alunos para outros colégios.

02A reunião ocorreu nessa terça-feira à noite, na Secretaria de Educação. No encontro, a secretaria Eloede Conzatti apresentou proposta de encerrar aulas da pré-escola e dos 6°, 7°, 8° e 9° anos. Os alunos seriam transferidos para as escolas Universitário e Porto Novo, localizadas no mesmo bairro.

Segundo integrantes da comunidade escolar, entre os motivos alegados pelo governo, estão o número reduzido de alunos e a necessidade de conter despesas.

O CPM da escola rechaçou a proposta. Diante da negativa, a secretaria Eloede teria sugerido juntar os últimos quatro anos em uma única turma conjunta, o que contraria a Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional.

Representantes do CPM temem pelo fechamento da escola. Para eles, as medidas seriam o início de um processo que culminaria com o fim das aulas na instituição. Uma nova reunião para tratar o tema, desta vez com a presença dos pais dos alunos, está marcada para segunda-feira, dia 15, na escola.

Pais criticam proposta

A escola Vitus é quase toda ocupada por alunos que moram próximos da instituição. Pais afirmam que a redução das turmas traria dificuldades para as famílias. Eles não quiseram se identificar.

“Moro a dois minutos da escola e terei que levar meu filho muito mais longe”, reclama uma mãe. Para ela, a mudança de instituição traria custos com transporte e novos uniformes, entre outros transtornos. “O que faremos se nossos filhos não se adaptarem às outras escolas”, questiona.

Além das aulas regulares, 40 crianças ainda participam do programa de turno integral, com aulas de taekwondo, artesanato, violão e outras atividades educacionais. “Não podemos simplesmente abandonar isso tudo”, relata outra mãe. Para o ano que vem, estaria programada a instalação de um laboratório de biologia, em parceria com a Univates.

Para os pais, o fato de a escola ser pequena garante melhor qualidade no ensino e maior segurança aos alunos.

A escola tem capacidade para receber cerca de cem crianças, em cinco salas com espaço para 20 a 25 alunos.

Em nota, a secretária de Educação, Eloede Conzatti, afirmou que não pretende comentar a proposta apresentada à comunidade escolar. Ela apenas informou que, para o ano que vem, 26 alunos estão matriculados no Ensino Fundamental e dois na Educação Infantil.

Creche pode perder salas

A intenção do Colégio Sinodal Conventos de abrir vagas para Educação Infantil pode acabar com a Escola Infantil Doce Infância. A mudança faz parte de um acordo firmado entre a creche e o colégio particular, que, desde 2009, cede espaço para o educandário do município. Por mês, a administração municipal gasta em torno de R$ 5,1 mil com o aluguel dos espaços. Foram mais de R$ 224 mil em 2014.

O Governo de Lajeado prepara uma sala da Escola Fundamental Vida Nova, distante poucas centenas de metros da creche, para receber 17 crianças da Doce Infância e outras seis que também moram naquele bairro. Todas ocupariam o mesmo espaço. No entanto, ontem a direção do Colégio Sinodal apresentou nova proposta, sugerindo aumento do valor do aluguel como condição para manter a cedência das salas. Pais e professores devem se reunir, novamente, para discutir a questão.

As crianças têm idade entre 5 anos e 5 anos e 11 meses. Conforme a coordenadora da Educação Infantil da SED, Angelita Gomes da Rocha, a devolução da sala atenderia acordo firmado com a direção sinodal, de liberar uma sala a cada ano. “Como surgiu a oportunidade de mantermos o espaço, apresentaremos a proposta aos pais e definir se ficamos no colégio ou transferimos a turma para a escola.”

Angelita esclarece também que a utilização dos espaços no Colégio Sinodal ocorrerá até a conclusão da nova creche modelo Proinfância, com capacidade para atender 120 crianças. Como o terreno é rochoso, precisando ser detonado em duas ocasiões, as obras atrasaram. A previsão é finalizar os serviços ainda no primeiro semestre de 2015.

Acompanhe
nossas
redes sociais