Governo tenta resolver problema de esgoto

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Governo tenta resolver problema de esgoto

Rede individual de tratamento é instalada nas residências do Loteamento Popular

oktober-2024

Santa Clara do Sul – Obra realizada em parceria entre a administração municipal e moradores promete solucionar os problemas causados pela precária rede de esgoto no Loteamento Popular. Há duas semanas, são instalados sistemas individuais em 15 residências, contendo caixas de gordura, fossas sépticas, filtros e cloradores.

01O principal imbróglio está em casas construídas nos primeiros anos de emancipação do município, entre 1993 e 1994. Na época, não foram feitas fossas nas moradias populares. Aliado a isso, o solo argiloso da área dificulta a infiltração e os dejetos acabam sendo despejados ao ar livre.

Tal situação, além de causar mau cheiro, condiciona a propagação de doenças. “Precisávamos fazer alguma coisa. Depois de várias reuniões, chegamos a um consenso”, ressalta o prefeito Fabiano Immich.

São investidos cerca de R$ 30 mil por parte do governo. Em contrapartida, cada morador fica responsável por custear a caixa de gordura e a fossa séptica, um investimento individual de R$ 500. O valor pode ser parcelado em dez vezes, com o primeiro pagamento em janeiro de 2015.

A instalação do sistema de tratamento de esgoto é realizada por funcionários da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Rural. Immich garante: “Todas as casas terão esse novo sistema e daremos fim a um problema que persiste há duas décadas naquele loteamento”.

Valeta causa transtorno

Dejetos das residências sem sistema de tratamento acabam sendo despejados na rede pluvial que, por sua vez, desemboca em uma propriedade particular. Mas em março uma imobiliária desenterrou os canos para iniciar a construção de um loteamento em tal área.

A empresa expandiu a valeta e a realocou para a margem das moradias, no limite do espaço loteável. Desde então, problemas e reclamações por parte das famílias tem sido frequentes. Um abaixo-assinado pedindo solução foi entregue ao Executivo. “Não aguentamos mais o fedor”, relata Daniela Teresinha Locatelli, 34.

Moradora do loteamento faz quase 20 anos, Silda Crilow, 61, reforça o pedido por alguma solução urgente. “Dependendo, o vento traz o cheiro e não podemos ficar na rua.” De acordo com as famílias, a abertura da valeta colabora para a proliferação de insetos. “Tem dias que fica insuportável de tanto mosquito e sequer podemos ficar fora de casa”, aponta Nelsi Vera Ullrich.

Sem previsão

Com mais de um metro de profundidade, a valeta concentra intenso volume de água, especialmente nos dias de chuva. A condição favorece o deslizamento. Na casa de Daniela, por exemplo, a base do muro começa a ser levada pela correnteza. “Se não resolverem logo, buscaremos nossos direitos de alguma forma.”

De acordo com o prefeito Immich, a instalação da rede de esgoto deve ser concluída ainda neste ano. A partir disto, o proprietário da imobiliária se comprometeu a construir uma proteção de concreto para evitar que a valeta continue causando erosões. Contudo, não há previsão de que ela seja canalizada.

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