PMDB entrega lista de reivindicações ao PT

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PMDB entrega lista de reivindicações ao PT

Entre os pedidos, sigla quer a presidência da câmara e mais diálogo com o governo

Lajeado – A continuidade do PMDB no governo passa pela escolha do futuro presidente da câmara. Esta é uma das considerações sobre a continuidade da coligação. Outras reivindicações foram entregues nessa sexta-feira ao presidente do PT de Lajeado, Ricardo Ewald.

02O conteúdo do documento é mantido em sigilo. As eleições do Legislativo foram um dos temas centrais de uma reunião na sala do presidente atual Djalmo da Rosa (PMDB). Por quase duas horas e 30 minutos, Celso Cervi (presidente do PMDB), junto com os secretários de Agricultura, Ricardo Giovanella, de Educação, Eloede Conzatti, vereador Sérgio Kniphoff (PT), além de Rosa e Ewald, trataram da relação entre os principais partidos do governo.

Pelo acordo entre as siglas, a presidência do Legislativo seria alterada. O primeiro e terceiro ano do mandato 2013/16 ficaria com o PT. O segundo e o último, com o PMDB. O pedido será analisado pelo Partido dos Trabalhadores.

O indicado pelo PMDB para comandar a câmara em 2015 é Carlos Ranzi. “É um pedido possível de atender. Mas vamos debater com os outros vereadores do PT”, diz o presidente da sigla na cidade, Ricardo Ewald.

Para ele, o trabalho feito durante a campanha e as reuniões para acertar o modelo da coligação não podem ser prejudicados por problemas pontuais. “Fizemos dezenas de encontros antes das eleições. Depois, realmente, não tivemos uma reunião entre os vereadores da base”, admite.

Sobre uma ruptura entre os aliados, o presidente do PMDB, Celso Cervi, afirma ser pouco provável. “Só haverá isso se todas as tentativas de acordo falharem”, diz. “Somos parte do governo. O que precisamos é ter mais diálogo do Executivo com os vereadores”, resume.

Hoje, o PMDB responde por três secretarias, Adi Cerutti (Obras), Ricardo Giovanella (Agricultura) e Nelson Noll (Administração). O número de CCs integrantes do partido se aproxima de 40.

PMDB nega saída de Cerutti

A manobra política de exonerar o secretário Adi Cerutti faltando menos de duas horas para garantir a derrubada da emenda reduzindo de 10% para 5% a livre movimentação do gabinete do prefeito é encarada com naturalidade pelo presidente do PMDB. “Foi tudo dentro da legalidade. O Adi é vereador e assumiu sua vaga para defender o interesse do governo.”

Na ocasião, Cerutti assumiu a vaga de Hugo Vanzin, direcionado a votar em favor da emenda. “Não orientamos nenhum dos nossos vereadores a adotar uma ou outra posição. Eles têm liberdade para votar como quiserem. Mas para nós enquanto partido foi ótima essa vitória do governo, porque fazemos parte dele”, afirma.

Durante a sessão dessa terça-feira, além de votar contra a emenda, elaborada por Lorival Silveira (PSDB) teve assinatura dos parlamentares de oposição e dos vereadores do PMDB. Além de votar contra os demais integrantes da sigla, Cerutti também votou contra cinco projetos de Carlos Ranzi.

Essa posição, levantou suspeitas sobre a continuidade dele no partido. Comentários davam conta de que ele se filiaria ao PT. “Isso não é verdade. Não há nada sobre isso. O Adi permanece no PMDB”, afirma Cervi.

Cerutti participou de duas sessões nessa semana como vereador. Em seguida voltou para o comando da Secretaria de Obras.

Conselho político

Outra exigência do PMDB é a formação de um conselho político, diz Ewald. Essa comissão seria formada por um vereador de cada partido da base aliada, um secretário de cada partido, além do prefeito e do vice. Serviria para discutir os projetos do governo e dar respaldo frente às decisões.

Ewald como interlocutor

No documento entregue ao PT, Cervi divulgou apenas dois itens. Diante da pouca proximidade com o secretário de Governo Auri Heisser, o PMDB indica Ricardo Ewald como interlocutor entre os vereadores da base com o governo.

Para Cervi, a falta de diálogo com o Executivo é responsável pela posição crítica dos vereadores, em especial de Ranzi e do presidente do Legislativo Djalmo da Rosa.

A contrariedade com o secretário de Governo é criticada pelo presidente do PT. Para Ewald, alguns problemas deveriam ser resolvidos internamente. “Alguns criticam o Auri, mas não têm a grandeza de ir lá conversar com ele. Não adianta ir para a imprensa reclamar. Não podemos nos apegar a picuinhas (sic.)”, acredita.

Sem citar nomes, Ewald critica o trabalho de alguns vereadores e assessores. “Em uma cidade de 77 mil pessoas, ficar culpando uma pessoa por alguma falha é complicado. Cada vereador tem dois assessores. Se tem dúvidas, busque informações com o governo.”

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