Lajeado – Um grupo de acadêmicos realizou protesto ontem no campus da Univates. Com cartazes, adesivos e panfletos, eles partiram por volta das 19h30min do prédio 16. Caminharam pela av. Avelino Tallini, acompanhados de um carro de som que tocava músicas de Zé Ramalho, Raul Seixas, Renato Russo e Chico Buarque. Contrária ao iminente aumento da mensalidade, a maioria cobrava mais investimentos na qualidade do ensino.
A Univates ainda não confirmou o percentual de aumento nos valores. Especula-se que fique entre 6 e 8%. O Diretório Central dos Estudantes (DCE) pede que os preços cobrados hoje sejam mantidos em 2015. “Não tem justificativa para o aumento. Pois o valor é alto. Se houver aumento, que seja o mínimo possível, no máximo o equivalente à inflação”, afirma o presidente do DCE, Vitor Espinoza, estudante de Direito.
Ele cobra uma reunião com a reitoria. “Tentamos marcar para hoje (ontem) à noite, mas nos disseram que nenhum pró-reitor estaria disponível. Pedimos para amanhã (hoje) e também negaram. Vamos seguir tentando”, frisa. Segundo Espinoza, existem exemplos de outros centros universitários e universidades que realizam reajustes inferiores.
A qualidade de ensino foi questionada pelo presidente. Reivindica investimentos na ampliação e qualificação do corpo docente. “No Direito, por exemplo, um professor que dá Direito Constitucional ou Penal e não é da área, é inadequado. Ele custa menos. Segundo alguns professores, a Univates é um das que menos paga no Estado.”
Univates não confirma valores
A pró-reitoria da Univates não confirma os possíveis valores do reajuste. Apenas informa que o assunto será resolvido no próximo dia 25, quando ocorre a reunião do Conselho Universitário (Consun). Em 2013, a inflação foi de 5,9%, enquanto o aumento nas mensalidades foi de 7,59% e o salário dos professores teve reajuste de 6,5%.
Sobre a manifestação de ontem, a assessoria de imprensa informa que a pró-reitoria da instituição já se manifestou sobre o assunto em outras matérias, que todas as contas são prestadas aos órgãos competentes e que a Univates não se opõe a qualquer manifestação, considerando-as como um ato democrático e de livre expressão.
