HBB tenta garantir residência em 2015

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HBB tenta garantir residência em 2015

Responsável pelo programa desiste do cargo. Comissão busca reverter a decisão

Lajeado – A menos de três semanas da prova seletiva para o Programa de Residência Médica (PRM), o Hospital Bruno Born (HBB) tenta garantir a manutenção da equipe responsável pela residência em Clínica Médica. O atual preceptor-chefe, Lucas Pereira Mallmann, solicitou desligamento da função na quinta-feira. Na sexta, colegas tentavam convencê-lo a permanecer no cargo. Mesmo assim, outros nomes já foram cogitados.

03A decisão de Mallmann surpreendeu a Comissão de Residência Médica (Coreme). Segundo informações, o preceptor participou normalmente da reunião da diretoria do HBB, que ocorreu no último dia 4. Ele repassou os custos da residência, e todos foram aprovados. O clínico-geral alega falta de tempo para conciliar a função de médico e as atribuições necessárias para gerenciar a residência. Roberto Reckziegel, gastroenterologista, surge como opção.

Mesmo com a proximidade da seleção dos residentes, alguns integrantes da diretoria do hospital não descartam protelar o início do programa de Clínica Médica – com prazo de dois anos para conclusão – para janeiro de 2016. Esta deverá ser a grande discussão de diretores do hospital e Coreme na próxima semana. Conforme integrantes do corpo clínico da casa de saúde, há resistências internas que são contrárias à aplicação das residências.

O coordenador do Coreme, Fabiano Ritter garante que Mallmann fica. “Ele não saiu. Nos disse apenas que estava com dificuldades para atender todas as exigências de especialidades do MEC. Estamos o auxiliando para que isto se resolva o quanto antes.” Com mais de 50 inscrições para as duas únicas vagas na residência em Clínica Médica para 2015, ele também confirma o início do programa no próximo semestre. “Não temos opção. Se precisar, vamos buscar outro preceptor.”

Além da residência em questão, o HBB prevê para 2015 quatro vagas para residentes no programa de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, agora aprovadas pelo Ministério da Educação. São três anos de duração. Para participar, o doutorando precisa de diploma de graduação plena do curso médico, expedido por instituições credenciadas pelo MEC ou conclusão do curso de Medicina até a data de matrícula no programa pretendido.

Univates acompanha

A indefinição a respeito do início da residência pelo HBB gera preocupação entre docentes e responsáveis pelo curso de Medicina da Univates. De acordo com o coordenador do curso, Luís Fernando Kehl, os primeiros estagiários devem atuar no hospital a partir de 2016. “Estamos acompanhando com atenção. Afinal, o curso e as residências caminham juntos”, comenta.

Sobre a possibilidade de transferir o início do programa para janeiro de 2016, o coordenador demonstra receio. Para ele, o ideal é começar em 2015 para que tudo esteja pronto e adequado para a chegada dos alunos daqui a dois anos. Ritter tranquiliza. “Sabemos da importância de todo o processo para a região e para o curso da Univates, além do plano de transformar o HBB em um hospital de ensino. Não vamos adiar o início.”

Outras residências até 2016

O HBB conseguiu aprovação do MEC para implantar outros dois programas de residências: Cancerologia Clínica (duas vagas e duração de três anos) e Medicina de Família e Comunidade (parceria com o Executivo, com quatro vagas e dois anos de duração). Ambos estavam previstos para iniciarem ainda em 2015, mas não será possível.

Conforme o coordenador do Coreme, o HBB tem até dezembro de 2016 para iniciar os dois programas. “A dificuldade para implantar uma residência é enorme. Imagina cuidar de quatro de uma só vez”, comenta. A intenção é fazer da Clínica Médica uma experiência para a implantação de novos programas dentro da instituição filantrópica.

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