Vale do Taquari – As secretarias municipais de Saúde recebem doses contra a poliomelite e sarampo desde a semana passada. Na área de abrangência da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), somando as duas vacinas, a meta é imunizar cerca de 39,2 mil crianças.
A faixa etária da campanha é voltada para menores de 5 anos. Com relação à polio, a idade mínima é de 6 meses e contra o sarampo é de 1 ano. A Secretaria Estadual da Saúde (SES) já distribuiu as doses necessárias aos municípios. No Rio Grande do Sul, são quase 600 mil crianças nessa faixa etária e a meta é vacinar ao menos 95% delas até o dia 28 deste mês. Na região, o objetivo é vacinar 21,2 mil crianças contra a pólio e 18 mil contra o sarampo.
A campanha começa no sábado. Os pais ou responsáveis devem levar as crianças aos postos, até mesmo aquelas que estiverem com o esquema vacinal da polio e do sarampo em dia. A recomendação é levar o cartão de vacinação para avaliação das doses de rotina.
O calendário de rotina para a vacinação contra a polio prevê as três doses no primeiro ano de vida (aos 2, 4 e 6 meses), com o complemento de dois reforços aos 15 meses e 4 anos.
Já a proteção contra o sarampo ocorre por meio da aplicação da vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), aos 12 meses, seguida da tetra viral aos 15 meses, que, além das outras três doenças, ainda previne a varicela (também conhecida como catapora).
Saiba mais
– Polio
A poliomelite (também chamada de paralisia infantil) não tem casos registrados no Brasil desde 1990. Contudo, como seguem ocorrências em alguns países na Ásia e África, ainda é necessário manter a cobertura vacinal em todos os municípios para evitar a volta do vírus.
A pólio é uma doença infecto-contagiosa, caracterizada por quadro de paralisia de início súbito. A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa. Não existe tratamento específico. Todas as vítimas de contágio devem ser hospitalizadas, fazendo tratamento de suporte.
– Sarampo
No Brasil, os últimos casos de sarampo ocorreram no ano 2000 e, desde então, os casos registrados foram importados ou relacionados à importação. Entretanto, em 2013 e 2014 foram registrados 596 casos da doença no país, com maior concentração em Pernambuco (224) e Ceará (365). No Rio Grande do Sul, os últimos casos foram em 2010 e 2011, com oito e sete casos respectivamente.
As campanhas de seguimento representam oportunidades adicionais para captar indivíduos não vacinados ou que não obtiveram resposta imunológica satisfatória à vacinação, visando garantir a manutenção do estado de eliminação do sarampo e rubéola no país.
O sarampo é uma doença infecciosa aguda, grave, transmissível e contagiosa. Caracteriza-se por febre alta (acima de 38,5°C), tosse, coriza, conjuntivite e manchas na pele.
A transmissão ocorre por tosse, espirros, fala ou respiração, na fase em que a pessoa apresenta febre alta, mal-estar, coriza, irritação ocular, e falta de apetite. Dura até quatro dias após o aparecimento das manchas vermelhas.
