Governo tenta manter empresa na cidade

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Governo tenta manter empresa na cidade

JBS garante operações até dezembro. Unidade teve 75 demissões nos últimos meses

Bom Retiro do Sul – A possibilidade de a unidade da JBS/Friboi fechar até o fim do ano preocupa funcionários, comerciantes e administração municipal. Responsável por empregar 270 pessoas e gerar cerca de R$ 280 mil por ano ao município, a fábrica foi comprada em junho de 2013 da Marfrig.

01Nos últimos meses, 75 trabalhadores foram demitidos. Os investimentos em ampliação da planta industrial também foram postergados. A instabilidade do mercado, com a queda nos negócios, motiva a revisão do empreendimento em Bom Retiro do Sul. Reclamações quanto à poluição do ar e mau cheiro também são um problema.

A data do fechamento da indústria chegou a ser confirmada para o dia 17 deste mês. Para tentar evitar o fim das atividades, vereadores e o prefeito Pedro Aelton Wermann foram até São Paulo, no dia 14, conversar com os diretores da empresa.

Segundo Wermann, a expectativa é reverter o fechamento. Para tanto, o município ofereceu o retorno de 50% do ICMS gerado pela indústria nos próximos anos. “Vamos fazer o que for possível para manter.”

De acordo com ele, a decisão de abrir mão de parte do imposto tem como propósito evitar novas demissões. “Estamos otimistas. A empresa está trabalhando. Agora é torcer para as vendas melhorarem.”

Nos últimos meses, a produção da JBS na cidade foi reduzida. A fabricação mensal de 1,8 mil toneladas de calabresa, mortadela, salsicha e salsichão se resume a menos de 800 toneladas de calabresa. Máquinas de processamento dos produtos foram transferidas para a matriz.

Incerteza e preocupação

Dona de uma lancheria próxima à fábrica, Maria Helena Gomes, 58, teme que o fim das atividades da JBS reduza as vendas. “Se a fábrica fechar não sei o que posso fazer”, preocupa-se. Avaliando a queda no movimento dos industriários, principais clientes, precisou demitir o único funcionário. “Sem movimento, todo o comércio do centro perderá”, acredita.

Por ser a empresa que mais gera postos de trabalho na cidade, a incerteza faz alguns funcionários projetarem outros empregos. “Se fechar, terei que trabalhar em outra cidade”, diz Sandro Farias, 43.

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