Chester encarece 19% e inflaciona ceia

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Chester encarece 19% e inflaciona ceia

Preço médio das festas de fim de ano sobe 5,5%. Carne bovina deve ganhar espaço

Vale do Taquari – A inflação dos alimentos somada ao aumento de impostos encarece as festas de fim de ano. Protagonistas da ceia de Natal, perus e chesters ficaram 19% mais caros no Estado. É quase três vezes o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) previsto para o ano, de 6,45%.

03Os produtos chegam ao mercado do Vale do Taquari a partir da próxima semana, custando até R$ 15 o quilo. O maior fator para a disparada no preço se deve ao aumento na margem do ICMS, calculada pelo governo estadual.

O resultado no setor, estima a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), é queda de até 5% nas vendas das aves. A associação projeta vendas de 2,7 mil toneladas no mercado gaúcho.

Em média, os preços dos produtos típicos das festas estão 5,5% maiores aos praticados no ano passado. O preço da carne suína foi o segundo com maior alta: 11,8%. Os cortes bovinos de carne (+10,7%), a cerveja (+9%) e os refrigerantes (+6,1%) são outros produtos que encareceram em relação às festas de 2013.

A lajeadense Rosane Palaoro, 52, pesquisa preços. Apesar de perceber o encarecimento e prever nova alta, adianta que não deixará de comprar os tradicionais produtos para a ceia de Natal da família, que terá 15 pessoas. “Diminui a quantidade, mas mantém os produtos.”

Neste ano, se utiliza da mesma estratégia de 2013, que registrou aumento de 8% em relação ao ano anterior. “O jeito é não deixar para comprar de última hora. Principalmente produtos que dá para congelar.”

Carne bovina ganha espaço

Aumento na exportação da carne suína para China e Rússia resultou no encarecimento do produto no mercado gaúcho. Com menor oferta e maior procura para o fim do ano, a tendência é inflacionar ainda mais que os quase 12%.

Assim, a carne suína perde espaço para a bovina nas festas de 2014. Presidente do Sindicato da Indústria das Carnes do Rio Grande do Sul, Ronei Lauxen afirma que o mercado interno gaúcho está bem servido. “Quase não exportamos carne bovina. É um produto direcionado aos gaúchos.”

Afirma que a entressafra de novembro a fevereiro, quando há menor oferta do boi gordo, só deve acarretar inflação mais significativa nos cortes mais nobres, como picanha.

De agosto até a metade de outubro, segundo a Agas, alguns cortes bovinos ficaram até 3% mais baratos. A carne de gado deve representar 60% do total da venda da sessão de açougue neste Natal e Ano Novo, com um crescimento de 9,8% nas vendas.

Alta nas vendas

Apesar da inflação dos alimentos, supermercados gaúchos vão absorver cerca de R$ 2 bilhões dos cerca R$ 9,5 bilhões a serem injetados na economia gaúcha pelo 13º salário. Estudo do Instituto Segmento Pesquisas, encomendado pela Agas e divulgado nessa segunda-feira, 27, projeta um crescimento de 6,6% nas vendas em relação ao ano passado. A cesta de produtos específicos para as festas de Natal e Ano Novo deve representar 17,4% do faturamento em novembro e dezembro.

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