Progresso – Os danos provocados pelo temporal de domingo foram maiores do que o previsto. Desde segunda-feira, equipes da Defesa Civil (DC) municipal e de entidades como a Emater visitam as comunidades para contabilizar os prejuízos. Valor já ultrapassa R$ 300 mil.
Integrantes da DC regional estiveram na cidade ontem. O município decretará situação de emergência até terça-feira, prazo máximo para o envio do relatório. Conforme a coordenadora local, Irinéia Ferla, o fechamento dos números ocorrerá apenas na segunda-feira. “O setor agrícola é o mais afetado”, adianta.
Segundo o secretário de Agricultura, Valcir Orlandi, até então, foram identificados estragos em 13 aviários, somando mais de R$ 150 mil em prejuízos. Pelo menos outros cinco produtores de fumo tiveram galpões e estufas parcialmente destruídas. “São outros R$ 180 mil, no mínimo.”
O grupo estima mais cem residências, de diferentes bairros e localidades, com telhados danificados. Um dos pontos mais afetados em Alto Honorato. A escola Ouro Preto teve 80% de destelhamento, deixando mais de 60 alunos sem aula desde segunda-feira.
De acordo com o secretário de Educação, Raênio Roque Battisti, as obras de reconstrução já iniciaram e as aulas devem retornar na próxima semana. Agradece o empenho da comunidade, em auxiliar na limpeza e recuperação do local.
Municípios aguardam recursos
Santa Clara do Sul e Mato Leitão aguardam há cinco meses por recursos decorrentes do decreto de situação de emergência. Ambos foram atingidos por uma enxurrada em 28 de junho.
Segundo o vice-prefeito de Mato Leitão, Sérgio Machado da Silva, o laudo técnico e projeto de reconstituição da ponte na divisa das duas cidades permanecem em análise no Ministério de Integração Nacional.
Estima a necessidade de R$ 300 mil em investimentos para a recuperação. Outros danos em estradas foram consertados com recursos municipais, devido à urgência.
Santa Clara do Sul não deverá mais receber os recursos. De acordo com o chefe de gabinete, Vianei Wille, o pedido não foi homologado pelo Ministério de Integração Nacional. “Disseram que o prejuízo não atinge os valores mínimos exigidos”, diz.
