Progresso – A Brigada Militar (BM) encontrou um vaso com pés de maconha ontem de manhã. As plantas foram abandonadas em um potreiro às margens da ERS-423. O vaso foi deixado no local por um homem a bordo de um Fiat Tipo azul. Ele fugiu ao avistar os policiais.
É a segunda apreensão de mudas da planta registrada nos últimos dias em Progresso. No dia 9 de setembro, seis pés de maconha foram encontrados em uma propriedade rural abandonada, na localidade do Morro da Maçã.
Na ocasião, a BM recebeu uma ligação anônima com informações sobre a plantação. Policiais precisaram caminhar cerca de dois quilômetros até encontrar as plantas, com cerca de um metro cada. A suspeita é que elas tenham sido criadas em estufa e replantadas.
A Polícia Civil investiga o caso. De acordo com o delegado Sílvio Huppes, responsável pela delegacia de Progresso, não há informações sobre uma possível ligação entre os dois casos.
Apreensão em Encantado
Em março do ano passado a polícia recolheu 78 pés de maconha com cerca de 2,5 metros em uma propriedade localizada às margens do Rio Taquari. Três aparelhos para prensar a droga e um tonel para armazenamento também foram apreendido na operação, que resultou na prisão de um homem.
Amostras das folhas foram recolhidas e encaminhadas para teste no Instituto Médico Legal (IML) em Porto Alegre, que confirmou se tratarem de exemplares de cannabis sativa, nome científico da maconha. A plantação foi encontrada graças a uma denúncia anônima.
O terreno onde as plantas foram encontradas pertence a um casal de idosos que desconhecia a plantação, que estava escondida em meio à mata nativa e pés de mamona, próximo da ponte sobre o Taquari. Eles colaboraram com a investigação da polícia.
O Departamento Estadual de Investigações Sobre Narcóticos (Denarc) estima que os 78 pés de maconha seriam suficientes para produzir cerca de 30 quilos da droga. A quantidade é avaliada em R$ 45 mil. Foi a maior apreensão do tipo no Vale do Taquari.
O que diz a Lei
O plantio de maconha é crime no Brasil, mas a classificação como tráfico depende de interpretação jurídica. A lei de drogas estabelecida em 2006 prevê penas alternativas a usuários.
Se o plantio for considerado de uso pessoal pela Justiça, o proprietário é condenado a prestar serviços comunitários. Se for considerado tráfico, a pena varia de cinco a 15 anos de prisão.
