Entrega de obra fica para o próximo ano

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Entrega de obra fica para o próximo ano

Corsan descumpre contrato para finalizar instalação da rede que perdura desde 2012

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Lajeado – O incômodo gerado pelas obras de instalação da nova rede coletora de esgoto deve se estender até 2015. O contrato firmado pela Corsan com uma empresa terceirizada encerra no fim de outubro, e uma nova prorrogação deve ocorrer até a próxima semana. Com 70% dos serviços concluídos após dois anos do início do empreendimento, a estatal ainda precisa finalizar cerca de três mil metros de tubulações no bairro Florestal e parte do Moinhos.

03A obra deveria ter sido concluída em abril de 2013. Um ano e quase seis meses depois, a superintendência regional segue receosa no momento de definir uma data para o fim dos serviços. Falta de pagamentos por parte da estatal, de mão de obra qualificada das empresas terceirizadas e pouca fiscalização da Corsan em alguns trechos são algumas razões para o atraso.

Enquanto a estatal não finaliza a instalação da nova rede coletora, moradores dos dois bairros se queixam dos buracos e desníveis em ruas onde os serviços já foram realizados. Em março passado, um grupo de pessoas chegou a ameaçar o bloqueio da rua Sete de Setembro, na divisa entre o Florestal e o Moinhos, como forma de protesto pelas péssimas condições da via.

Conforme o secretário de Obras (Sosur), Adi Cerutti, há mais de um mês a administração municipal não recebe informações da Corsan sobre a obra orçada em R$ 4,4 milhões. “Eles deveriam nos avisar sempre que uma rua estivesse pronta. Até hoje não nos passaram nada”, atesta. Ele considera difícil a Corsan finalizar as obras neste ano, principalmente em função de reformas necessárias. “Não vamos aceitar as ruas do jeito que estão entregando.”

De acordo com o contrato firmado pela estatal, a ligação da nova rede coletora com a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) instalada na av. Castelo Branco envolve 17 ruas e três avenidas. A intenção da Corsan é beneficiar cerca de quatro mil moradores de ambos os bairros. Segundo anúncio feito pelo presidente, em 2012, o investimento deve aumentar de 0,9% para 7% o percentual de moradias atendidas com tratamento de esgoto.

A rede coletora levará o esgoto até a ETE. Hoje, são 295 economias interligadas a estrutura. Ela trata um litro por segundo, quando a capacidade permite uma movimentação oito vezes maior. Algumas residências próximas, em função de problemas técnicos, não têm ligação com a estação. A ausência de uma lei municipal que obrigue os moradores a destinarem os efluentes para tratamento também atrasa o saneamento básico.

Sem previsão para finalizar

O superintendente da Corsan na região, Lutero Fracasso, prefere não estipular prazo para o fim das obras. Dos nove mil metros de tubulações previstos em abril de 2012, cerca de seis mil estão concluídos após um ano e seis meses. Questionado sobre a demora e o novo prazo para término dos trabalhos, ele preferiu não se manifestar.

A construção de uma nova estação de tratamento no bairro Alto do Parque – promessa feita pelo presidente da estatal em abril de 2012 – segue sem qualquer previsão de início. Sequer existe projeto técnico. O contrato com a estatal foi renovado em 2008, pela ex-prefeita Carmen Regina Cardoso, com prazo de 25 anos de vigência.

Corsan prometeu em 2012

– Finalizar até abril de 2013 a instalação da nova rede coletora

– Construção, a partir de abril de 2013, de uma nova ETE no bairro Alto do Parque

– Tratar 50% dos efluentes domésticos até 2016. Hoje, apenas 0,9% do esgoto é tratado

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