Lajeado – Em vez de construir uma sede própria para o Legislativo, os vereadores avaliam a compra de um prédio pronto. Três possibilidades são estudadas: o antigo Hotel Brasil, o Moinho Pretto e a sede da Acvat Previdência Privada. Todos localizados na área central.
Ontem, uma comitiva de parlamentares visitou o imóvel da Acvat, na av. Benjamin Constant, esquinas com as ruas Júlio May e Borges de Medeiros. Construção da década de 50, tem mais de três mil metros quadrados de terreno e 1,9 mil metros quadrados de área construída, além de espaço para estacionamento.
Apenas algumas salas são usadas pela empresa. Pelo valor histórico, afirma o presidente da Acvat, Nilton Machado, o conselho tem restrição quanto à venda. “Em um primeiro momento, só aceitamos negociar se o complexo ficar com o poder público”, frisa. Segundo ele, a avaliação do patrimônio chega a R$ 5,8 milhões.
Conforme o presidente do Legislativo, Djalmo da Rosa (PMDB), a compra de um dos imóveis será debatida com os demais vereadores. Para ele, a estrutura do imóvel é suficiente para receber a câmara. Também afirma que outros espaços poderiam ser disponibilizados para a comunidade. Hoje, o Legislativo dispõe de salas alugadas no Genes Shopping. Por mês, o custo alcança R$ 12 mil.
Maioria aprova compra
Na visita de ontem, dos 15 integrantes do parlamento, 12 estiveram na sede da Acvat. Não compareceram Lorival Silveira (PP), Delmar Portz (PSDB) e Antônio Schefer (SDD). Antes de os vereadores saírem da câmara, por volta das 16h10min, Silveira saiu da sala do presidente Rosa e disse: “a prefeitura não tem dinheiro para nada e querem comprar um imóvel. Não adianta, porque não vai sair.”
Apesar da descrença do progressista, a maioria dos vereadores demonstrou interesse na confirmação do negócio com a Acvat. Para Carlos Eduardo Ranzi (PMDB), o imóvel está em boas condições, precisando algumas adequações, em especial em melhorias na acessibilidade.
Opinião semelhante de Waldir Gisch (PP) e de Ildo Salvi (PT). “O prédio é ideal para receber a câmara”, avalia Gisch. Para o petista, outro aspecto positivo diz respeito à possibilidade de troca imediata do aluguel do Genes Shoping por um imóvel próprio.
Para Sérgio Kniphoff (PT), mesmo que o complexo da Acvat não seja tombado como patrimônio arquitetônico, se o poder público adquiri-lo, fica garantido o uso do espaço para a sociedade. Ele destaca as esculturas de Vasco Prado no salão de festas.
Sete tentativas para construção
A construção de uma sede para o Legislativo é discutida desde 2005. A primeira opção foi erguer o prédio na rua Júlio May, na antiga praça Mário Lampert. Pelo projeto, feito pela Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Taquari (Seavat), a nova câmara teria três andares e ocuparia uma área de 4.248 metros quadrados.
Os vereadores cogitaram a compra de três andares no Genes Shopping. Mas a negociação, avaliada em R$ 3 milhões, não evoluiu. Depois, estudaram a aquisição do antigo prédio dos Correios, ao lado do Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO), também um convênio com o Lions Club Lajeado para dividir um novo prédio, além da compra da sede da Acvat.
Em 2011, a presidência do Legislativo apresentou proposta para comprar o imóvel da igreja evangélica, na esquina da João Abott com a Marechal Deodoro. Em agosto, uma suspeita de superfaturamento no preço do imóvel provocou a rejeição do projeto.
Prédios em análise
Sede da Acvat
Localizada na av. Benjamin Constant, esquina com as ruas Júlio May e Borges de Medeiros. São mais de 3 mil metros quadrados de terrenos e 1,9 mil metros quadrados de área construída.
Antigo Moinho Pretto
Fica na av. Benjamin Constant, esquina com a rua Oscar Francisco Karnal. Tem 693 metros quadrados de terreno e 1,7 mil metros quadrados de área construída
Antigo Hotel Brasil
Fica no número 414 da rua Júlio de Castilhos. De terreno são 875 metros quadrados para 1,3 mil metros quadrados de área construída.
