Tabaí – O viaduto localizado no quilômetro 384 da rodovia federal finalmente será liberado. Dnit e Polícia Rodoviária Federal (PRF) pretendem autorizar o trânsito de veículos sobre a estrutura a partir das 14h desta segunda-feira. Haverá orientação aos motoristas durante o dia. O atraso da obra gerou críticas de líderes regionais. Problemas nas juntas de dilatação da elevada foram causas apontadas.
Com a nova liberação, falta apenas concluir as obras de duplicação da rodovia em um trecho de quase nove quilômetros, entre Bom Retiro do Sul e Estrela. Em 1,8 deles, os serviços ainda não foram autorizados pela Funai e Ibama devido ao atraso na conclusão da nova aldeia indígena. Isso deve ocorrer só a partir do próximo ano. O consórcio responsável pretende finalizar os outros sete até janeiro de 2015.
De acordo com o chefe de operações da PRF, Leandro Wachholz, a corporação vai auxiliar na orientação aos motoristas. Informa ainda que apenas uma pista do viaduto será liberada no sentido interior-capital. Segundo ele, ainda falta concluir ajustes na junção entre a BR-386 e a RSC-287. No outro sentido, as duas pistas estarão autorizadas para o tráfego a partir da tarde desta segunda-feira.
O viaduto tem 50,9 metros de extensão por 11,7 metros de largura. Custou cerca de R$ 4,3 milhões. Os serviços iniciaram em janeiro de 2013. É uma das maiores estruturas construídas no trecho de 34 quilômetros de duplicação entre Estrela e Tabaí. O Dnit, por meio da Fapeu – responsável pela gestão ambiental da BR-386 – fará ações de orientação na comunidade lindeira, observando a nova conduta no trânsito local.
Segundo o Dnit, o viaduto permitirá que o tráfego da rodovia não interfira na mobilidade dos moradores de Tabaí, tornando a travessia de um lado para o outro da cidade mais segura. Hoje, o trânsito é desviado por uma alça lateral de asfalto. Com essa nova liberação, todo o trecho da rodovia federal entre a cidade de Tabaí e a interseção de acesso ao município de Bom Retiro do Sul poderá ser feito em rodovia duplicada.
Outras obras atrasadas
Pelo menos 18 casas da nova aldeia estão erguidas e têm telhado e reboco nas paredes. As outras 11 previstas já estão com a fundação pronta. A intenção da empresa Iccila, responsável pela construção, é finalizar as 29 moradias até janeiro de 2015. Até o fim do próximo ano, também pretende entregar o centro de reuniões, uma escola de 1,2 mil metros quadrados e uma casa de artesanato. O custo total da aldeia é de R$ 8,5 milhões. O prazo de conclusão é de dois anos.
Nos outros sete quilômetros, entre Bom Retiro do Sul e Estrela, as obras também estão atrasadas. A previsão inicial do Dnit era finalizar toda duplicação, inclusive com a construção da nova aldeia, em novembro do ano passado. No primeiro contrato, o valor orçado para duplicação dos 34 quilômetros era de R$ 150 milhões. Hoje, já supera R$ 180 milhões.
