HBB atende menos pacientes após UPA

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HBB atende menos pacientes após UPA

Números divulgados se referem só ao Setor de Emergência do Hospital Bruno Born

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Lajeado – A expectativa de diminuir o número de consultas eletivas no HBB foi concretizada. Desde a inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em março, no bairro Moinhos D’água, a média mensal de pacientes que buscam o Setor de Emergência do hospital praticamente caiu pela metade. Diretores da instituição e do Executivo agora negociam novos valores de convênio.

04Antes da inauguração da UPA, havia uma média mensal de três mil atendimentos. Em janeiro, por exemplo, foram 3,3 mil. No mês passado, o HBB registrou a entrada de 1,5 mil pacientes no Setor de Emergência. “Estamos recuperando um modelo de atendimento que existia há seis ou sete anos, e que foi sendo prejudicado com o aumento da demanda”, comenta o diretor-técnico do hospital, Cláudio Klein.

O Setor de Emergência vinha enfrentando seguidos déficit financeiros que se aproximavam dos R$ 100 mil mensais. No ano passado, a direção anunciou a intenção de encerrar as consultas eletivas no setor, para proporcionar maior atenção e qualidade aos atendimentos de urgência. Houve picos de até 180 pacientes em um só dia. “Havia inclusive dificuldade de encontrar profissionais. Muitos não queriam realizar plantão”, lembra o diretor.

A intenção do HBB é mudar a entrada do setor. A sala de espera e os bancos utilizados pelos pacientes darão lugar a uma rampa de acesso para ambulâncias. Até o momento, inexiste previsão para essa mudança. “Isto será feito, mas sem radicalizar. Aos poucos os pacientes estão se conscientizando e evitando utilizar o setor para casos sem gravidade.”

Com a nova perspectiva, a direção do HBB renegocia o convênio com o município. O valor mensal acordado é de R$ 221 mil. Servirá para custeio de 12 especialidades. Haverá novidades desse novo contrato. A principal prevê repasse de R$ 40 por hora para pediatras e obstetras, além do auxílio no custeio de 20 partos naturais (com repassa de R$ 850 para cada um) e dez cesarianas (com repasse de R$ 250 para cada um) por mês.

Klein enaltece o novo quadro de atendimentos da Emergência. Demonstra alívio com a inauguração da UPA, e prevê um decréscimo ainda maior no número de atendimentos na Emergência. “Mas com essa redução já registrada, conseguimos atender com mais qualidade os casos mais graves.” Antes do início da unidade do bairro Moinhos D’água, cerca de 70% dos pacientes procuravam o HBB para casos simples e sem gravidade.

Custo próximo de R$ 500 mil

Toda estrutura do Setor de Emergência custa em torno de R$ 500 mil mensais ao HBB. O valor serve para custear salários de médicos, funcionários, contas de luz, água, material para atendimento, entre outros encargos. Em média, são 50 médicos atuando na equipe de plantonistas. A maioria trabalha de sobreaviso na retaguarda de dois profissionais que atuam por turno na emergência.

Fazem parte da equipe médica clínicos-gerais, pediatras, neurologistas, cardiologistas, psiquiatra, cirurgiã plástica, anestesistas, obstetras, radiologistas, entre outros. Além dos valores acordados com a Administração Municipal de Lajeado, que girava em torno de R$ 198 mil, o HBB recebe auxílios do SUS, do Samu e de outros municípios conveniados com o HBB. São recursos municipais, estaduais e federais.

Lajeado repassará R$ 221 mil

A nova proposta de convênio entre Executivo e HBB segue em negociação. O valor que será repassado todo mês ao hospital será de R$ 221 mil. A proposta vai para votação na câmara de vereadores na próxima terça-feira. O valor servirá para atendimento de urgência e emergência 24 horas por dia, sete dias da semana.

O convênio terá prazo de um ano, com possibilidade de renovação. O secretário da Sesa, Glademir Schwingel, comenta sobre as novidades do contrato. “Auxiliaremos no plantão pediátrico, que historicamente apresenta problemas. O auxílio aos partos também trará grandes benefícios.”

Sobre a UPA, Schwingel anuncia para o dia 16 de agosto uma visita técnica do Ministério da Saúde. O objetivo é avaliar a possibilidade de transformar a classificação da unidade – hoje considerada Habilitada – para Qualificada. Isso garantirá aporte financeiro maior por parte dos governos estadual e federal.

A manutenção da UPA custa em torno de R$ 900 mil mensais. Até o momento, a União não auxiliou com os valores. O Estado pagou em torno de R$ 1,1 milhão para os quase cinco meses de funcionamento. Todo o restante veio de recursos municipais. Com a publicação da portaria no início de julho, o Executivo aguarda recursos retroativos por parte do governo federal.

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