Vale do Taquari – O aumento no número de acidentes no entroncamento da Via Láctea com a BR-386 provoca revisão no acesso. Motoristas que entram na rodovia federal em direção à Região Metropolitana precisam retornar um quilômetro até Bom Retiro do Sul.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) fechou parte do acesso nesse fim de semana. Localizada em pista duplicada, a rótula foi liberada para o tráfego no fim de fevereiro. Conforme o chefe da 4ª delegacia da corporação, Adão Madril, há problemas na rotatória, pois não há espaço para a manobra.
De acordo com ele, também para entrar na rótula falta pista de desaceleração. Na saída, não há possibilidade de os veículos acelerarem antes de ingressar na rodovia.. “Flagramos condutores dirigindo há 150km/h naquele trecho. Para evitar uma tragédia, tomamos essa medida.”
Segundo Madril, esse é um teste para verificar o comportamento do trânsito. Desde a abertura do trajeto, diz o agente, existe a preocupação com a insegurança no entroncamento entre as rodovias. “É um problema crônico. Não há espaço para uma rótula ampla. A única forma de corrigir seria a construção de um viaduto”, atesta.
Para uma modificação no trevo, não há como fazer uma obra dentro da construção da segunda pista na BR-386 que está em execução. A instalação de uma elevada ou viaduto precisaria passar por uma nova licitação.
Audiência com o Dnit
Os prefeitos de Teutônia, Westfália e Poço das Antas pretendem agendar uma reunião com a superintendência estadual do Dnit. Com a participação de representantes de entidades da classe empresarial, querem um novo projeto para dar mais segurança aos condutores.
Para o gestor de Teutônia, Renato Altmann, a autarquia errou ao não prever no projeto os problemas apontados pela PRF. “No caso de oferecer mais segurança, concordamos com a alteração. Mas não podemos aceitar essa falha. O trecho é movimentado e precisava de mais atenção. Uma falta de consideração dos responsáveis com toda a região”, frisa.
Veículos de diversos municípios usam o trecho para acessar a BR-386. Caminhões carregados com leite, carnes e sapatos saem das indústrias locais e usam o trajeto para levar os produtos a diversos pontos do Estado.
Na opinião de Altmann, esses aspectos não foram levados em consideração pelo Dnit. “Desde o início tínhamos como ideal a colocação de um viaduto.” Apesar de o projeto não contemplar essa estrutura, a construção parece diferente do que foi previsto nos estudos. “Não sou técnico, mas da maneira que ficou o trevo parece trabalho de amador.”
Encarregado pelo Dnit para acompanhar a duplicação da BR-386, o engenheiro Hiratan Pinheiro diz que uma reunião deve ser realizada com a PRF para debater a possibilidade de alterações no local.
