Ausência de professores prejudica aulas

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Ausência de professores prejudica aulas

Alunos e pais do Colégio Estadual Castelo Branco reclamam da falta de docentes

Lajeado – Alunos do Colégio Castelo Branco são liberados mais cedo em função da falta de professores há cerca de três semanas. Uma aluna do 2o ano do Ensino Médio projeta dificuldades no Enem e em vestibulares. “Se não recebemos aulas, como vamos passar?”

01Pais e alunos relataram a situação em redes sociais. Um grupo de estudantes do 1o ano do Ensino Médio diz ser liberado diariamente no último período. Reclamam que, mesmo sem aula, são cobrados nas provas por conteúdos que não receberam.

A direção da escola confirma os problemas e afirma que a falta de educadores existe há alguns meses. Entre os motivos estão o elevado número de profissionais em licenças maternidade ou médica e desistentes.

De acordo com a diretora Evenize Pires, a situação chegou ao ápice na quinta-feira passada, quando oito profissionais participaram de curso de formação do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio, em Estrela. Outros quatro se ausentaram sem aviso prévio e justificaram as faltas por estarem doentes ou com problemas de saúde na família.

Entre as disciplinas mais prejudicadas estão Biologia, Literatura, Química e Filosofia. A escola tem mais de 1,4 mil alunos, com 29 turmas apenas no Ensino Médio.

Quadro completo no início do ano

Segundo a direção, 2014 começou com o quadro de professores completo. Porém, ainda no primeiro trimestre, começaram as faltas e desistências. A diretora destaca que cinco educadoras pediram licença-maternidade. “Também temos professores em afastamento por laudos médicos.”

A direção afirma prezar pela qualidade do ensino e diz tentar fazer o possível para não prejudicar os alunos. “Infelizmente existem situações que fogem do controle e não temos como prever as faltas.” Por ano, são admitidas dez faltas justificadas por profissional, nos casos de problemas pessoais ou familiares.

Nas ausências por laudos médicos, os educadores enviam a documentação à direção que encaminha para a CRE o pedido de novas contratações. Porém, os profissionais têm prazo de 30 dias após a assinatura do contrato para assumir o cargo. De acordo com a coordenadora da 3ª CRE, Marisa Bastos, eles são substituídos pelo RH da Coordenadoria seguindo os prazos definidos na legislação.

Segundo a direção do colégio, um problema que inviabilizaria contratações é o vácuo existente entre novos contratos e o retorno de professores em licença. “Acontecem casos em que o tempo de espera para um professor assumir coincide com o fim das licenças, com diferença de 15 ou 20 dias”, ressalta Evenize.

Solução à vista

A direção prevê solução nas próximas semanas. Evenize afirma que novos professores estão prestes a assumir, ao mesmo tempo em que algumas licenças estão vencendo.

De acordo com a 3ª CRE, o quadro de docentes nas escolas da região é renovado . “Estamos mensalmente nomeando 25 professores concursados.”

Segundo Marisa, os problemas são especificamente relativos a alguns professores do Colégio Castelo Branco que justificam suas ausências. “Considerando a totalidade das 90 escolas pertencentes à 3ª Coordenadoria, não temos nenhum registro de que algo semelhante tenha ocorrido.”

Para Marisa, é importante considerar que o Colégio Castelo Branco possui um número maior de matrículas em relação às demais escolas. “Por isso, a complexidade é maior em readaptar o horário.” Segundo ela, o problema será verificado com a equipe diretiva da escola, a partir da análise técnica sobre o quadro e a efetividade dos profissionais.

3ª CRE Justifica

Para a coordenadora Marisa Bastos, há professores que faltam por problemas particulares. Contudo, devem justificar suas faltas.

Quanto à participação em cursos ou seminários de formação, Marisa acredita que as ausências ocorram em casos especiais. “Neste semestre, até o momento, foram três dias envolvendo alguns dos professores que com horário na escola.”

Segundo ela, nesses casos a escola tem que fazer a análise, providenciar substituição com troca de professores ou transferir o dia letivo para outro dia em que seja viável administrar a aula, mediante o aval do Conselho Escolar.

Marisa assinala que as formações do Pacto Pelo Fortalecimento do Ensino Médio ocorrem nas escolas de acordo com o cronograma da atividade.

Ela afirma que quem participa mensalmente dos encontros são os orientadores das escolas: coordenadores pedagógicos que não ministram aulas.

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