Lajeado – O trânsito intenso na av. Benjamin Constant, aliado à dificuldade no deslocamento dentro do bairro Montanha, obriga o governo a rever o trânsito no local. Após estudo que levou quase três meses para ser concluído, a Secretaria de Trânsito e Segurança definiu alterações.
O novo formato prevê alteração no sentido de duas ruas, organização nos acessos e saída à ERS-130, além da instalação de um semáforo após o viaduto sobre a rodovia.
Conforme o coordenador municipal de Trânsito, Euclides Rodrigues, havia uma solicitação dos moradores, feita ao Legislativo, para instalação de uma sinaleira nas proximidades da rua Paulo Schlabitz. “Com base no estudo que elaboramos, percebemos ser inviável um semáforo nesse ponto, pois causaria mais congestionamentos.”
Para tentar melhorar o fluxo, o município pretende proibir a entrada livre à direita em dois semáforos. Um no cruzamento com a av. Sete de Setembro, no bairro Florestal, e outro um pouco mais acima, na esquina entre a rodoviária e o presídio estadual. “Assim, seguramos o trânsito, facilitando o deslocamento dos motoristas dentro do bairro Montanha”, frisa Rodrigues.
Depois do viaduto sobre a ERS-130, local considerado crítico devido ao trevo confuso, o Departamento de Trânsito colocará uma sinaleira dois tempos. Os acessos à rodovia também sofrerão mudanças. Os condutores terão de respeitar o sentido para entrar na estrada.
Na avaliação do coordenador, a execução da mudanças deve ocorrer a partir de agosto, pois depende de licitação para compra de sinaleiras.
Problemas segundo os motoristas
O taxista Paulo da Silva Pereira trabalha há seis anos na rodoviária de Lajeado. Presencia todos os dias a tranqueira gerada nas proximidades do cruzamento da av. Benjamin Constant com a rua Waldemar Ely. A via é a principal entrada para a estação.
Para ele, a av. Castelo Branco deveria cruzar a av. Benjamin Constant. Sugere a construção de um viaduto. “Seria muito mais fácil para os ônibus acessarem a rodovia. Deviam ter pensado nisso no passado.”
Segundo ele, além dos engarrafamentos, pequenos acidentes são corriqueiros.
Para o motorista da empresa Viasul, Tobias Keller, o acesso para a rodoviária é caótico. Critica a necessidade de cruzar vias municipais movimentadas para chegar até o ponto de desembarque.
Acredita que a abertura de um novo acesso deve agilizar o serviço de diversas empresas. “A rodoviária é bem localizada, próximo à rodovia. Mas não podemos dividir vias movimentadas, isso causa atrasos e pode ser arriscado.”
Planejamento
A ligação entre ruas, disposição das avenidas da cidade aumentam o desafio de coordenar um trânsito com mais de 57 mil automóveis. Lajeado é uma das três cidades do Estado com maior índice de motorização. Em um universo de cem pessoas, são 74 veículos.
De acordo com Rodrigues, as mudanças previstas para os próximos meses terão um prazo de validade. “Depois de dois anos, tudo terá de ser revisto.” Projetos em andamento no município, diz, preveem a ampliação de ruas, como a Nicolau Junges, sendo uma alternativa para caminhões e ônibus em direção à rodoviária.
