Taxista baleado aumenta medo da classe

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Taxista baleado aumenta medo da classe

Motorista sofreu tentativa de homicídio nessa quinta e bala está alojada na coluna

Lajeado – O assalto ao taxista Mário Jommertz, 35, ocorrido na quinta-feira à noite, quase terminou em morte. O caso, investigado pela Polícia Civil, retoma a insegurança contínua vivida pela classe. Em 2013, foram pelo menos 11 roubos registrados, com uma morte. O medo de represália reduz as informações de ocorrências.

1O fato ocorreu por volta das 21h30min. Um cliente frequente e conhecido pediu uma corrida para o bairro São Cristóvão, no ponto localizado em frente ao Posto Faleiro. No momento, dois rapazes bem vestidos teriam se oferecido para dividir o táxi.

Na rua Maurício Cardoso, próximo à Costaneira, os criminosos teriam pedido para o motorista parar o carro e, na sequência, deram ordens para que ele e o passageiro descessem. No mesmo instante, um deles atirou em Jommertz pelas costas. O passageiro levou um soco. Ambos foram retirados do carro, que foi levado com pertences das vítimas.

A bala disparada contra o taxista, na altura do ombro, se alojou na cervical. Levado para o Hospital Bruno Born, ele permanece em estado regular. Até o fim da tarde dessa sexta-feria, nenhuma cirurgia de remoção foi feita, sob risco de deixar o paciente paraplégico. Jommertz está consciente e mantém os movimentos.

O passageiro, de 21 anos, não se feriu. Ao meio-dia de ontem, o veículo Voyage foi localizado pela polícia no bairro Olarias e recolhido para perícia. Segundo o delegado Sílvio Huppes, as investigações sobre o crime ainda são incipientes. Algumas testemunhas já foram ouvidas e coleta de informações continua na próxima semana.

“A gente nunca sabe quem carrega (sic)”

Dona do ponto de táxi, Loraci Griesang, cita que Jommertz atua no local há cerca de um ano. Antes era motorista de ônibus na cidade. Triste pelo funcionário, relata o constante medo sofrido pela classe. “A gente nunca sabe quem carrega (sic)”, diz.

Apesar das medidas de segurança adotadas, relata a continuidade dos crimes. Há pouco mais de cinco anos, teve cabines nos veículos, mas essas foram retiradas pela ineficácia. Segundo ela, mesmo com a divisória, não havia proteção externa no carro.

Desta vez, prevê a instalação de câmeras de vigilância no ponto de táxi, para registrar os clientes que procuram pelos serviços. “Evitaremos atender corridas de desconhecidos fora do horário.”

Presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos do Vale, Rubem José Sattler, sugere que os motoristas evitem a divisão de corridas entre passageiros. Entre as medidas mais eficazes de segurança, cita a instalação de microcâmeras nos veículos. Entretanto, se percebida pelo criminoso, o motorista ficará em perigo.

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