Venda de veículos cai nos primeiros meses

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Venda de veículos cai nos primeiros meses

Lajeado acompanha mercado nacional, com redução de 4,4% em relação a 2013

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Vale do Taquari – Números divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), nesta semana, apresentam queda nas vendas no país. A estimativa reforça a percepção negativa sobre os resultados do mercado automotivo neste ano.

04Depois da baixa de 5,2% dos licenciamentos nos cinco primeiros meses do ano, a associação das revendas decidiu descartar a possibilidade de o mercado repetir os resultados de 2013, quando foram vendidos quase 3,8 milhões de veículos.

A região acompanha o cenário nacional, avalia o economista e empresário de Lajeado, Rogério Wink. Dados do Centro de Registros de Veículos Automotores (CRVA) da cidade confirmam essa tendência.

De janeiro a maio deste ano, foram emplacados 2.375 veículos. No mesmo período do ano passado, foram 2.481 – uma redução de 4,4%. Segundo Wink, pelo fato de o mercado automotivo ser global, aberto e competitivo, os números se assemelham entre as regiões. “O Vale tem um mercado profissionalizado, com várias empresas no setor. Esse polo se estabeleceu, trazendo muitos consumidores de outras regiões”, acredita.

Para ele, essa queda nas vendas pode ser benéfica para o consumidor. “Aquele que tem dinheiro na mão, pode conseguir um bom negócio, pois as empresas estão fazendo muitas promoções.”

Nesta semana, o presidente da Fenabrave, Flávio Meneghetti, manifestou preocupação com os estoques. Segundo ele, os veículos que deixaram de ser vendidos são suficientes para 50 dias de venda.

A Fenabrave projeta queda de 3,6% para as vendas totais de veículos no fechamento de 2014. A expectativa da entidade é que neste ano sejam vendidas 5.092.747 unidades, contra as 5.282.943 de 2013.

Decisão sobre o IPI sai em julho

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou nessa quarta-feira, que o Imposto sobre o IPI de carros subirá em julho. O índice ainda não foi confirmado, em um primeiro momento, a revisão da taxa pode ser gradual.

A programação do governo no início do ano era de manter a alíquota do tributo para automóveis populares (1.0) continuasse até 30 de junho, quando a Fazenda avalia um novo aumento para 7%. Para carros com potência entre 1.0 e 2.0 flex, o índice subiu de 7%, no fim do ano passado, para 9% em 2014. Em julho, pode voltar ao patamar de 11%.

Para os veículos com o mesmo motor, mas movidos por gasolina, o IPI subiu de 8% para 10% em janeiro, podendo chegar em 13% em julho, dependendo de análise do governo federal.

A expectativa de Wink é que não haja acréscimo no IPI, pois a indústria automotiva tem importância no formação do Produto Interno Bruto. “Imagino que o governo, em ano eleitoral, não queira piorar ainda mais seus indicadores econômicos.”

Na opinião dele, se ocorrer o aumento no tributo, trará um impacto negativo e as revendas, junto com as montadoras, terão de implementar ações de marketing e reduzir custos.

Vendas com a desoneração

A retirada do IPI dos automóveis foi instituída pelo governo federal no primeiro trimestre de 2012. Conforme o economista Wink, como a carga tributária sobre os produtos no país, em especial nos carros, é elevada, a redução beneficia quem produz, vende e compra.

Na opinião dele, a medida ampliou o potencial de clientes em busca de um veículo. Junto com as maiores facilidades em buscar financiamentos, muitos consumidores aproveitaram para comprar ou trocar de veículo.

Com base nos números do CRVA de Lajeado pode-se verificar esse aumento. Em 2011, eram 49.666 veículos emplacados. No ano seguinte, foi para 53.502. Um crescimento de 7,2%. Nos anos anteriores, sem a desoneração do imposto, o aumento médio ficava em 6%.

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