Vale do Taquari – As chuvas que iniciaram ontem de manhã devem cessar até o fim desta tarde. O máximo acumulado chega a 80 milímetros. Porém as temperaturas despencam.
Amanhã a máxima não passa dos 15ºC, devido a uma massa de ar seco e frio instalada sobre o Estado. A nebulosidade deve reduzir, garantindo o aparecimento do sol. Mesmo assim, as temperaturas diminuem no sábado, com mínima prevista para 5ºC.
Devido ao declínio, especialistas apontam para previsão de geada no domingo. Essa afetará cidades da Serra, centro do Estado e Campos de Cima da Serra. A mínima deve permanecer abaixo dos 10ºC até quarta-feira da próxima semana, quando as temperaturas alcançam 21ºC.
Segundo o meteorologista da MetSul, Luiz Fernando Nachtigall, essa é a primeira massa de ar polar mais forte instalada sobre o Estado neste ano. As temperaturas condizem com o esperado para maio. A retomada da umidade na segunda-feira deve elevar um pouco a marca dos termômetros. “Porém as chuvas voltam no fim do mês e início de junho.”
Com o avanço do frio, o comércio regional prevê aumento nas vendas de produtos como calçados, casacos e aquecedores. Segundo o presidente da CDL, Daniel Dullius, as lojas estão preparada para atender os clientes. Mesmo assim, as mudanças meteorológicas não devem gerar novas contratações, mais frequentes no fim do ano.
Previsão de El Niño
Meteorologistas apontam o aquecimento gradual das águas na superfície do Oceano Pacífico Equatorial desde março e a formação do El Niño. Caracterizado pela grande quantidade de chuvas, deve atingir o Estado a partir de junho.
Prognósticos indicam a possibilidade de 65% durante julho. Para o fim de agosto e início de setembro a chance passa a 70%. A única incerteza é quanto à intensidade e duração do fenômeno. Alterações são previstas no inverno e primavera, mas não há conclusões sobre o verão.
Além das chuvas, o El Niño provoca aumento na temperatura, o que deixaria o inverno menos rigoroso. O último episódio com intensidade ocorreu entre 2009 e 2010. Nesse período, o Vale do Taquari foi atingido por diversas enxurradas. Em uma delas, parte de Marques de Souza foi devastada pelo aumento do nível dos rios Forqueta e Fão.