Andreza encerra produção calçadista

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Andreza encerra produção calçadista

Quatro fábricas da Castro Alves, instaladas na Bahia, foram vendidas à Pegada

Santa Clara do Sul – A direção do Grupo Andreza acertou a venda das últimas quatro unidades de produção. No início do mês, as fábricas da Castro Alves S/A – uma das marcas da instituição, foram compradas pela gaúcha Calçados Pegada.

2Instaladas nas cidades baianas de Castro Alves (matriz), Sapeaçu, Santaluz e Esplanada, comportam cerca de 1,5 mil funcionários. De acordo com um dos administradores do grupo, Valmor Gerhardt, a nova proprietária assume todos os direitos e obrigações até então executados.

A Pegada assume as linhas de produção em janeiro de 2015. Até lá, informa o dirigente, deve concluir todos os pedidos e manter empregados os funcionários. Os próximos meses também servirão para fazer a transição dos novos donos.

Conforme Gerhardt, entre gerencia e chefias, 41 trabalhadores do Vale do Taquari estão na Bahia. Ninguém precisa ficar preocupado em perder o emprego, afirma. “Afinal, eles compraram a mão de obra pronta e vão poder continuar os trabalhos sem nenhum problema.”

Noventa porcento das mercadorias produzidas nas quatro fábricas são destinadas para o mercado interno. O restante, destinado para a exportação. Com a venda das unidades, a Andreza encerra a produção calçadista. Mantém apenas o setor administrativo em Santa Clara do Sul, sua terra natal. Há 34 anos no grupo, Gerhardt não revela o valor do negócio e os planos da direção para o futuro.

Admite que o ramo de calçados se tornou complicado nos últimos anos, pois varia muito rápido. Nisto cita a troca das principais potências mundiais. “Começou pela Europa, migrou para o Brasil, depois foi para a China e agora muda outra vez.”

Venda à Beira Rio

A calçados Andreza começou em 1971, com uma “fabriqueta” em Santa Clara do Sul. Liderada pela família Piaccini, cresceu e tornou-se a maior indústria do município, favorecendo para o desenvolvimento local e regional, pois teve fábricas em cidades vizinhas.

No seu auge empregou cerca de 1,5 mil pessoas na cidade. Mas o mercado, como diz Gerhardt, é maleável. Em 2011, as unidades santa-clarenses foram vendidas à Beira Rio. O grupo Andreza, percebendo as dificuldades, buscou um sucessor no município, pensando na economia local e nos possíveis desempregos. Funcionou. Nos últimos anos, a Beira Rio aumentou sua linha de produção e contratou mais pessoas. É a maior empresa em geração de impostos.

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