Univates estuda cobrar estacionamento

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Univates estuda cobrar estacionamento

Condição pode ser imposta caso entidade deva indenizar alunos por antigos furtos

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Vale do Taquari – O modelo de estacionamento adotado pela Univates pode passar por readequações nos próximos meses. A instituição de ensino avalia cobrar pelas 2,6 mil vagas oferecidas aos estudantes na área interna do câmpus.

01De acordo com o reitor, Ney Lazzari, a entidade responde na Justiça a três processos de indenização por veículos furtados do pátio. Em um dos casos, a Univates perdeu na primeira e segunda instância e recorre ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

Caso não consiga reverter a situação, o que para Lazzari é bem provável, o estacionamento pago será projetado. “Deixamos bem claro, que se um dia teríamos que arcar com este tipo de situação, começaríamos a cobrar. A instituição não tem condições de pagar isso.”

Na avaliação do reitor, os estudantes podem optar por deixar o veículo no estacionamento da instituição ou colocar em uma via pública, por exemplo. A cada dia, em média, seis mil alunos se dirigem à Univates e grande parte deles se desloca com transporte próprio.

Devido à grande quantidade de veículos, todas as vagas são preenchidas antes mesmo de as aulas do noturno começarem (período de maior movimento). O único dia da semana em que isso não ocorre, informa o reitor, é na sexta-feira. “Eles têm essa deliberação. Deixa o carro aqui quem quer.”

Ligado a isso, a reitoria da instituição também estuda construir dois edifícios garagem. Um deles ficaria próximo ao Centro Cultural e outro entre os prédios 7 e 8. Mas a proposta segue de forma lenta devido ao alto custo de construção. Por vaga, estima a entidade, seria necessário investir quase R$ 20 mil.

Alunos reprovam

Embora o Diretório Central dos Estudantes (DCE) não tenha se posicionado sobre o assunto, grande parte dos alunos contraria a possível cobrança. Discussões sobre o atual estacionamento estão presentes em rodas de conversa e reuniões internas há anos.

As principais observações são referentes à falta de espaços para todos os discentes e os valores mensais cobrados pela Univates. Em determinados dias, as vagas privadas se esgotam quase meia hora antes de as aulas começarem. A situação complica quando chove.

Assim, os estudantes são forçados a recorrer à avenida Avelino Tallini e transversais. Mas o número de locais disponíveis para estacionamento nas vias públicas, próximos aos prédios escolares, também são reduzidos.

Matriculado no nono semestre e cursando quatro disciplinas, um estudante de 27 anos reconhece que a média de carros é de quase um por aluno. “É difícil o pessoal se agendar para ir de carona ou levar alguém. Eu mesmo não tenho escolha e vou todos os dias de carro.”

Mas avalia que a mudança poderia trazer impactos positivos, como forçar os estudantes a utilizar outros meios de transporte além do individual. “Só que antes disso deveriam melhorar toda a infraestrutura, como telhados e tudo mais. Isso é algo que não pode ser feito da noite para o dia.”

Fique atento

Para amenizar o problema de fluxo de veículos, a Univates criou, em 2009, o Projeto Carona. Um sistema de busca e cadastro de caroneiros pelo site www.univates.br/carona. A página virtual possibilita que alunos que fazem o mesmo trajeto se encontrem e se desloquem juntos para a instituição.

Prevendo que muitas pessoas poderiam ficar com receio de dar carona a desconhecidos, a instituição estipulou o acesso ao site apenas para alunos regularmente matriculados, professores e funcionários. O usuário ainda pode escolher se disponibiliza como contato seu telefone ou e-mail.

Outra proposta incentivada pela entidade é a bicicleta. Professores, funcionários e alunos têm disponíveis 120 unidades. O sistema, nomeado de Bicivates, compartilha os veículos de forma gratuita.

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