Comitê sugere estacionamento público

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Comitê sugere estacionamento público

Moradores pedem adaptação da praça Mário Lampert enquanto durar processo

Lajeado – O comitê do centro histórico, a pedido da comunidade, solicita à administração municipal o aterramento da extinta praça Mário Lampert. Moradores querem utilizar o espaço – abandonado pelo poder público e reduto para prostituição – como estacionamento gratuito até o fim do processo judicial que trava a construção da sede do Legislativo na área.

04A proposta foi apresentada à secretária do Planejamento, Marta Peixoto, em março. De acordo com o presidente da entidade, Ítalo Reali, a própria gestora concorda que o mais prudente seria aterrar a área e colocar brita. “Poderiam usar máquinas do governo, o que traria poucos custos. Além do mais, o prefeito se livraria das reclamações pelo abandono e resolveria a falta de vagas.”

Conforme Reali, o pedido foi interpelado por pais de alunos do Colégio Madre Bárbara, situado a menos de cem metros do local. Eles reclamam de não ter espaço adequado para deixar ou buscar as crianças na instituição. Tal problema relata a mãe Layla Kunrath, moradora de Lajeado há três anos. Reforça que a construção do estacionamento facilitaria o cotidiano da comunidade e também embelezaria a área. Poria fim, por exemplo, ao descarte de lixo na antiga praça.

Legislativo concorda

Presidente da câmara de vereadores, Djalmo da Rosa, o “Deja”, concorda com a necessidade de adequações no ambiente. Segundo o parlamentar, esse foi um dos assuntos tratados em uma conversa recente com o prefeito Luís Fernando Schmidt. “Já pedi para fazerem isso. É um espaço nobre e, assim que acabar o processo, poderemos iniciar a construção do prédio. Parte do serviço estará adiantada.”

A disputa judicial dura quase cinco anos. Uma moradora do entorno acionou o município na Justiça reclamando de perturbação causada pela obra. As alegações envolvem a probabilidade de danos em um prédio na esquina com a av. Benjamin Constant devido à detonação de rochas, a retirada de árvores e a obstrução da luz do sol que chega aos apartamentos.

Mas o município ganhou a causa tanto no Judiciário de Lajeado como no Estado. A parte reclamante entrou com recurso e o pedido de embargo do acórdão segue parado. Depois disso, caberá ainda recorrer à última instância, em Brasília. Mas nestas circunstâncias uma decisão poderia levar mais de um ano.

Projeto concluído

A construção da sede do Legislativo é discutida desde 2005. Nesse período foram apontadas sete opções. De acordo com o projeto, feito pela Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Taquari (Seavat), a nova câmara teria três andares e ocuparia uma área de 4.248 metros quadrados. O custo estimado supera R$ 4 milhões.

Diante das indecisões sobre a nova sede e morosidade do processo judicial, a câmara de vereadores permanece funcionando em salas alugadas no Genez Work & Shop, prédio na esquina da venida Benjamin Constant com a rua Santos Filho. O custo mensal com locação alcança R$ 10 mil.

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