Vale do Taquari – Convênios entre a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e sete municípios da região garantem investimentos para tratar o esgoto e melhorar o abastecimento de água. Entre as cidades, Taquari leva a maior parte dos R$ 13,3 milhões.
Desse total, o governo de Emanuel Hassen de Jesus, o “Maneco”, aplicará R$ 4,6 milhões para obras de tratamento de esgoto em Taquari (veja no boxe). Com o valor destinado a Taquari, diz o prefeito, cerca de 20% do esgoto do município será tratado. “Isso diminuirá a poluição, além de interferir em melhor qualidade da saúde pública”, acredita.
Com os R$ 4,6 milhões, o governo construirá uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE).
Para Capitão, cidade com quase três mil habitantes, os R$ 2,2 milhões servirão para a troca das tubulações no centro e para ampliação da rede de água ao interior. “Para um município do nosso porte, esse dinheiro ajudará e muito”, comemora o prefeito César Beneduzzi.
Já em Arroio do Meio, uma das maiores cidades do Vale do Taquari, a destinação de R$ 1,6 milhão beneficiará 335 famílias das comunidades de Arroio Grande Central, Palmas e Picada Arroio do Meio.
Nas localidades, serão realizadas ampliação e melhorias do sistema de abastecimento de água. O objetivo é solucionar o problema de falta de abastecimento na redes.
O envio das verbas federais foi confirmado nesta semana, em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília. Os projetos fazem parte da terceira etapa voltada ao saneamento básico do PAC 2 para municípios com até 50 mil habitantes.
“Sem mudança, viveremos uma catástrofe”
O superintendente estadual da Funasa, Gustavo de Mello, reforça a necessidade de os governos planejarem as ações no que tange o saneamento básico. Usa como exemplo a cidade de São Paulo, onde durante décadas o objetivo era o desenvolvimento econômico e industrial. “Temos de observar os efeitos dessas escolhas. Sem mudança, viveremos uma catástrofe.”
A respeito da região, lembra a poluição dos mananciais hídricos como um problema crônico. “O Rio Taquari está quase morto.” Para Mello, houve um aprimoramento das políticas públicas no setor nos últimos 15 anos.
Nesse contexto, pode-se citar a obrigação de as cidades organizarem os planos de saneamento básico. Os estudos são base para as administrações municipais conseguirem aprovar projetos na esfera federal.