Cascata englobará parque ecológico

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Cascata englobará parque ecológico

Governo pretende tomar posse de reserva natural com 13 hectares neste semestre

Progresso – As terras do entorno da Cascata do Moinho, um dos pontos turísticos de maior potencial no Vale do Taquari, serão adquiridas pelo município. O governo pretende transformar o ambiente em um parque ecológico, para proteger a natureza e atrair visitantes à cidade. A proposta tem respaldo da comunidade e deve ser concretizada ainda neste semestre.

03A maior parcela da população apoia. Enquete no site da prefeitura teve 90,8% de aceitação dos moradores. Em audiência pública, realizada dia 12 de fevereiro na câmara de vereadores, a opinião da comunidade atingiu percentual semelhante.

De acordo com a secretária do Turismo, Simone Berté, há anos o poder público debate a proposta de comprar a área. “É um ambiente rico em cultura e potencial turístico.” Além da cascata com 98 metros de queda de água, o local concentra antigos artefatos do moinho de Domingos Pretto, construído no início do século passado para triturar grãos produzidos pelos agricultores.

A grande vantagem do futuro parque, observa a secretária, é sua proximidade com o centro da cidade. São 500 metros de distância. A condição possibilita tornar mais fácil a realização de atividades públicas para a comunidade de Progresso no local. Outro benefício seria na exploração turística.

A partir da aquisição, a prefeitura deve dar início à execução de um projeto básico de estruturação. Para isso, serão feitos projetos de obtenção de recursos no Ministério do Turismo para condicionar a exploração econômica do espaço.

Segundo Simone a principal aposta é no ecoturismo, turismo de aventura. Além disso, o município pretende construir uma espécie de salão, que tenha sanitários, espaço para alimentação e para palestas ligadas a natureza.

Três proprietários

A área do futuro parque tem 13 hectares e atinge três propriedades rurais. De acordo com o prefeito Edegar Cerbaro, o próximo passo é criar uma comissão especializada para calcular o valor das terras.

A aquisição deverá ser feita por meio de um decreto municipal de desapropriação. “Esse grupo que formaremos vai avaliar quanto temos que dar de indenização. Depois bateremos o martelo.”

De acordo com o prefeito o espaço não tem valor econômico para outro tipo de investimento, pois todas as terras estão em Área de Preservação Permanente (APP). Desta forma, ninguém tem autorização para cultivar o solo ou fazer alguma construção.

ONGs cultivam ideia

As paisagens e ambientes naturais, como cascatas e trilhas, tornam-se cenário para atividades esportivas e projetos de educação ambiental. No início do mês o município de Progresso sediou o curso de Iniciação em Técnicas Verticais, atividade ministrada na Cascata do Moinho.

Os participantes receberam apostilas, com informações sobre o assunto e tiveram aula teórica envolvendo questões de ética, responsabilidade social e segurança, além de manutenção e utilização de equipamentos necessários para a prática.

Entre os esportes praticados, ONGs na região se qualificam na caminhada em trilhas (trekking), descida de paredões (rapel) e ciclismo em trilhas (mountain bike). Os participantes aproveitam diversos pontos turísticos ecológicos para as atividades.

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