Lajeado – O Programa Mais Médicos, implantado pelo governo federal no segundo semestre do ano passado, contempla a cidade com mais oito médicos estrangeiros. A equipe de profissionais desembarca em Lajeado no dia 10 de abril e deve estar integrada aos serviços da rede básica de saúde até o dia 20.
A princípio todos devem ser cubanos, como Martiniano Ionísio Hernandes, 33, enviado para a cidade na primeira quinzena de março. Desde então, o primeiro estrangeiro oferecido pela União ao município atua na Estratégia Saúde da Família (ESF) do bairro Jardim do Cedro.
De acordo com o secretário da Saúde, Glademir Schwingel, o governo ainda analisa para quais bairros lajeadenses os médicos serão destinados. Eles atuarão em jornada de 40 horas semanais. “Com isso poderemos resolver deficiências no atendimento e expandir as equipes da ESF.”
Servidores da Sesa irão ao Aeroporto Salgado Filho, na capital, recepcionar o grupo. Segundo o secretário, será preciso um período de pelo menos uma semana – a partir da chegada – até a possibilidade de iniciar os atendimentos.
Schwingel voltou de Porto Alegre nessa sexta-feira com a notícia do benefício. Duas semanas antes, esteve em Brasília para reivindicar o envio. “Diferente dos boatos, nenhum outro médico vai ser demitido em Lajeado por causa disso. Vamos ampliar nossas equipes.”
Pela legislação, os médicos selecionados atuam no programa durante três anos. São formados no exterior e recebem registro profissional emitido pelo Ministério da Saúde. Isto lhes permite trabalhar apenas na atenção básica das cidades nas quais forem designados. Terão acompanhamento de tutores e supervisores. Todos se especializam em Atenção Básica, oferecida pela Universidade Aberta do SUS (Una-SUS), com educação a distância.
Saiba mais
O programa foi lançado dia 8 de julho do ano passado pela União. Visa mais investimentos na infraestrutura de hospitais e unidades de saúde e pretende trazer também profissionais para regiões onde exista carência de atendimento.
Desde então, quase 600 médicos foram enviados ao Rio Grande do Sul. Dessa forma, o governo gaúcho pretende suprir 75% da carência na área de saúde até o fim do ano. Municípios beneficiados devem arcar com custos de moradia e alimentação dos especialistas.
No início do mês, nove cidades do Vale do Taquari receberam médicos encaminhados por meio do programa, cada uma com um profissional. Devido à dificuldade de encontrar tais especialistas na região, algumas cidades chegam a pagar até R$ 14 mil mensais por servidor.
