Lajeado – A comissão financeira do projeto de videomonitoramento na área central da cidade agendará visitas aos empresários locais para arrecadar R$ 175 mil faltantes. A decisão ocorreu ontem em reunião no 22º Batalhão de Polícia Militar (BPM).
No encontro, o presidente do Legislativo, Djalmo da Rosa, garantiu mais um dos equipamentos. Faltam outros sete, cada um no valor de R$ 25 mil.
No total, haverá a instalação de 15 câmeras novas de vigilância e reforma de outras sete. Antes previsto para o início do ano, o projeto orçado em R$ 400 mil depende do auxílio empresarial. Metade do valor está garantida pelo município e banco Sicredi.
O secretário de Segurança Pública, Gerson Teixeira, aguarda pela resposta oficial das demais agências bancárias, apesar da recusa inicial. “Continuaremos tentando.” Integrantes da comissão visitarão empresários a partir da próxima semana.
Entre os benefícios oferecidos aos patrocinadores, Teixeira cita a criação de outdoors pela cidade, remetendo ao serviço de monitoramento e exposição das marcas contribuintes. Cogita a utilização do patrocínio para nomear cada câmera.
Entidades presentes, como Acil e CDL, se comprometeram em conversar com associados para pleitear auxílio. Teixeira descarta início das instalações sem a quantia completa. Pretende conseguir o restante do valor em abril. Para isso, reforça a necessidade de colaboração. A realização do projeto garantirá mais ferramentas à polícia, na ampliação da segurança na cidade, diz.
Preocupação paralela
A falta de efetivo e o recrutamento de parte de policiais da região à Copa do Mundo causam dúvidas quanto ao pessoal disponível para o monitoramento das novas câmeras. Segundo o comandante da 1ª Companhia do 22º BPM, capitão Fabiano Henrique Dornelles, o grupo precisará de pelo menos três policias por turno de serviço para acompanhar os equipamentos. “Serão 12 pessoas por dia”, diz.
Prevê adaptação de horários e escalas de trabalho interno. O município, conforme Teixeira, com a criação do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), prevê apoio do governo estadual ou fornecimento de estagiários.
Na semana passada, a cobrança por mais efetivo na região ficou em evidência na definição de prioridade feita pelo Codevat e emitida aos candidatos.
“Falta união da comunidade”
Empresários presentes, como Ítalo Reali, reclamam da falta de interesse de algumas instituições, como bancos. Relata necessidade de mais envolvimento das empresas e comércio, principais beneficiados pelo projeto, ao lado dos moradores. “Falta união da comunidade.”
Presidente da Acil, Alex Schmitt, cita a má interpretação de alguns empresários, ao citarem o custeio como responsabilidade total do Estado. Reforça a ideia de que cada um deve fazer sua parte. Sugere inclusive a busca de recursos em fundos perdidos, como segunda alternativa.
Saiba mais
A projeto de videomonitoramento propõe a cobertura total da área central de forma ininterrupta. Orçamento previsto inclui as câmeras, fibra óptica e computadores para visualização da imagem. As instalações ocorrerão nas ruas Júlio de Castilhos, Bento Gonçalves, av. Benjamin Constant e transversais.
A tecnologia permitirá a identificação da placa do veículo a até 200 metros de distância, com imagens de 360 graus e zoom de 600 metros. A compra dos equipamentos ocorre pela Associação Lajeadense Pró-Segurança Pública (Alsepro), sendo doados ao município – instituição pública.