MP aponta desvio em obra de roçada

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MP aponta desvio em obra de roçada

Prefeito e secretário são acusados de pagar por serviço que não teria sido feito

Encantado – A juíza Carmem Luiza Barghouti acatou pedido do Ministério Público e bloqueou bens, no montante de R$ 215 mil, do prefeito Paulo Costi, do secretário de Obras, Odocir Bagatini, e do proprietário da empresa WGT Jardinagem, Amarildo Thonezer. Na liminar, emitida no dia 11, aponta enriquecimento ilícito, por pagamento de roçada que não teria sido feita nas duas lagoas na Linha Garibaldi.

02De janeiro a novembro do ano passado, o município teria pago R$ 29 mil à empresa de jardinagem, cerca de R$ 2,5 mil por mês. Após informações, o MP esteve no local e ajuizou a ação.

“Apesar do serviço ter sido contratado pelo município não foi realizado ou sequer fiscalizado”, consta na liminar emitido pela juíza. Os R$ 215 mil bloqueados pela Justiça correspondem ao montante atualizado do dano, somado ao percentual máximo da multa cabível para cada uma das condutas dos acusados.

Costi recebeu a intimação na sexta-feira. Discorda do MP, sobre acusação de prejuízo a erário público e enriquecimento ilícito. Relata o cumprimento de licitação aberta para contratação e confirma o pagamento de pouco mais de R$ 29 mil à empresa.

“Tenho certeza que o trabalho foi executado.” Vê as acusações como resultado das manifestações da oposição. “Querem denegrir minha imagem. Isso não me surpreende”, diz.

Bagatini e Thonezer aguardam pelo documento oficial para se manifestar. Após todos os acusados serem oficializados, terão 15 dias para emitir defesa preliminar.

Novas acusações

Outro processo de improbidade administrativa também foi encaminhado ao Judiciário. No documento, o MP aponta irregularidades com horas extras na Secretaria da Agricultura. Apurada pela 2ª Vara da Comarca, a ação no montante de R$ 1,3 mil aguarda por decisão, prevista para os próximos dias.

Mais denúncias

Na sessão legislativa da semana passada, vereadores de oposição citaram a envio de 17 denúncias ao MP e TCE. Ambas, envolvendo o Executivo.

“A primeira (denúncia) foi apurada, mas têm muitas por vir”, cita o vereador peemedebista, Celso Cauduro. Disse ter fotografias comprovando a falta de serviço numa das Lagoas. Segundo ele, o município não tinha certificado de fiscalização para emitir o pagamento.

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