Imigrante – O julgamento de Gilson Alan Altmann, 25, realizado ontem, durou mais de seis horas. A Justiça de Teutônia considerou o metalúrgico culpado pela morte da ex-namorada, Andressa Hann, 22. O crime ocorreu no dia 27 de agosto de 2012.
Na ocasião, ele esfaqueou a jovem. Depois decapitou Andressa e fugiu com a cabeça, escondendo-a em um matagal a cerca de seis quilômetros do local do crime, onde permanecia o resto do corpo. Três dias depois do fato, Altmann se entregou à Polícia Civil e foi preso.
O júri popular, composto por sete mulheres, foi unânime em condená-lo por homicídio triplamente qualificado, com pena de 21 anos de prisão. Conforme o promotor público Jair Franz, o réu teria cometido o assassinato devido a ciúmes.
De acordo com ele, era de conhecimento de Altmann que Andressa era prostituta. “Eles inclusive se conheceram em uma boate.” A defesa do réu alegou inocência. Em nenhum momento, ele confessou ter cometido o crime. Como não é reincidente, a lei exige que o metalúrgico cumpra, no mínimo, dois quintos da pena em regime fechado.
Motivo fútil e com requintes de crueldade
Esses foram os argumentos centrais da acusação. Andressa foi morta durante a madrugada, na casa do rapaz, na rua Augusto Gartner, centro de Imigrantes. Às 5h40min, Altmann teria ligado para a irmã e contado sobre o assassinato.
Em seguida, ela foi até a casa dele e viu o corpo da vítima com um corte no pescoço. Pediu calma ao irmão e foi procurar o pai deles, Paulo Carlos Altmann. Pouco depois, o metalúrgico arrancou a cabeça da ex-namorada e fugiu.
Por volta das 7h, a irmã e a BM chegaram na casa do réu e encontraram o corpo de Andressa. Na parede, Altmann escreveu um pedido de desculpas com o sangue da vítima.
Natural de Estância Velha, Andressa trabalhava em uma boate na Linha Berlim, interior de Westfália. Esse foi o único assassinato registrado pela PC nos últimos dez anos, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado.