Terceirização cresce com greve dos Correios

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Terceirização cresce com greve dos Correios

Empresas de entrega contabilizam aumento de 30 a 40% na demanda de serviço

Vale do Taquari – A paralisação de cerca de 10% dos servidores dos Correios no Estado, mantida há cerca de 40 dias, ocasiona mudanças na região. Empresas adotam outros serviços terceirizados como alternativa na entrega de boletos e mercadorias.

04Numa das franquias atuantes na região, a greve reflete no aumento de 30 a 40% na procura. Em janeiro e fevereiro, quando a demanda costuma cair devido às férias, se mantive estável. “Neste mês, o crescimento se sobressai”, diz o funcionário Alexis Keunecke.

Cita uma média de 120 volumes e documentos por dia, para entrega ou coleta. Vantagens são oferecidas, como prazo máximo de envio de um dia para qualquer capital do país e rastreamento de mercadorias pela internet. Horários de funcionários foram modificados, garantindo mais tempo de atendimento devido à demanda.

Neste ano cerca de cem mil de correspondências estão atrasadas no Estado.

Alternativas

Parte das empresas que atuam com venda pela internet mudou de franquia. Algumas imobiliárias adotaram o envio de boletos por e-mail ou entrega no estabelecimento. Mesmo assim, a atendente de locação, Roseli Grasel, cita constantes transtornos. “Clientes esquecem de pagar aluguel.” Algumas empresas, como livrarias regionais, aderiram a serviços próprios de entrega, feitos de forma direta aos clientes cadastrados.

Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, o consumidor tem direito a segunda via do boleto. Porém, a espera do vencimento da conta e depois justificar a falta de pagamento por causa da greve não garantem a retirada dos encargos.

De acordo com a coordenadoria do Procon de Lajeado, a empresa deve oferecer alternativas de pagamento, sob isenção de multas e juros ao consumidor. Em caso de pagamento sobre a fatura com acréscimo de encargos, o valor a mais deve ser ressarcido.

Greve pode terminar

O Tribunal Superior do Trabalho julga hoje se a paralisação é abusiva ou não. Uma audiência de conciliação ocorreu em fevereiro, sem resultado.

Entre as reivindicações, a categoria elenca a manutenção do plano de saúde. No Estado, quase mil servidores aderiram à greve. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares estima a adesão de 60% dos funcionários.

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